Moody's corta projeções para o preço do petróleo, por excesso de oferta
A agência lembra que a retirada provável das sanções contra o Irã pode resultar em maior oferta no mercado em 2016, ou mesmo superar o declínio esperado na produção dos EUA
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Economia Commodity
A agência de classificação de risco Moody's divulgou relatório sobre o mercado de petróleo, reduzindo as previsões para o preço da commodity, diante do alto nível de oferta dos produtores globais, que excede o crescimento do consumo. A agência lembra que a retirada provável das sanções contra o Irã pode resultar em maior oferta no mercado em 2016, ou mesmo superar o declínio esperado na produção dos Estados Unidos. O resultado será "um prolongado período de excesso de oferta, que continuará a manter baixos os preços do petróleo".
A Moody's disse que reduziu sua projeção para o preço do Brent em 2016 de US$ 53 para US$ 43 o barril. No caso do petróleo na New York Mercantile Exchange (Nymex), a previsão para o barril do petróleo foi cortado de US$ 48 para US$ 40. A agência prevê que os dois contratos subam US$ 5 o barril em 2017 e mais US$ 5 em 2018.
Vice-presidente sênior da Moody's, Terry Marshall diz que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve continuar a produzir sem restrições, pois compete por fatia de mercado, o que "exacerba os atuais mercados saturados". "A Rússia também aumentou grandemente sua produção e a possibilidade de que as sanções contra o Irã sejam retiradas em 2016 poderia inundar o mercado com ainda mais oferta", afirmou Marshall.
A Moody's cortou ainda sua previsão de médio prazo para o preço do Brent e do petróleo em Nova York, para US$ 63 e US$ 60 o barril, respectivamente. Segundo a agência, o equilíbrio entre oferta e demanda deve ser alcançado em "cerca de US$ 63 o barril para o Brent, mas apenas ao fim de uma década".
A agência prevê que a demanda global por petróleo irá aumentar em 1,3 milhão de barris ao dia em 2016, aproximadamente, acima da projeção anterior, com o consumo aumentando em países como EUA, China, Índia e Rússia. Porém o aumento no consumo não se equiparará ao avanço na oferta, disse Marshall. Com informações do Estadão Conteúdo.