Instabilidade da bolsa chinesa impacta mercados emergentes
Uma expansão mais vigorosa da economia chinesa (perto de 7%) teria, em princípio, menor potencial de desvalorizar as commodities, portanto beneficiando o Brasil
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Economia Desvalorização
As recentes instabilidades nas praças chinesas somada à rápida desvalorização do yuan demonstraram o impacto que a desaceleração da China pode causar em países emergentes produtores de bens primários, principalmente o Brasil.
Um dos maiores compradores de matéria-prima do mundo, a China deve divulgar até o final do mês se cumpriu a meta de crescimento de 7% em 2015, além de estabelecer a meta para 2016. Espera-se que o gigante asiático reduza o crescimento para 6,5%, enquanto outros analistas já veem uma expansão de, apenas, 5,7% em 2016.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, uma expansão mais vigorosa da economia chinesa (perto de 7%) teria, em princípio, menor potencial de desvalorizar as commodities, portanto beneficiando o Brasil.
Apenas nesta semana, o yuan perdeu mais de 2% de seu valor em relação ao dólar. Desde agosto de 2015, flutua segundo uma banda cambial baseada no volume de negócios com moedas.
"A desvalorização do yuan é mais relevante para a economia mundial do que o que ocorre hoje na Bolsa. Significa que a transição para uma economia voltada ao mercado interno está acontecendo mais devagar do que o esperado e a China precisa continuar exportando", disse Marco Troyjo, professor da Universidade Columbia (EUA).