Bolsonaro diz querer aumentar para R$ 3 mil valor da isenção de Imposto de Renda em 2022
Diante da ameaça de paralisação de caminhoneiros a partir de 1º de fevereiro, Bolsonaro anunciou que vai zerar a tarifa de importação de pneus "para os caminhoneiros que passam dificuldades"
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Economia IMPOSTO-RENDA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse em sua live desta quinta-feira (14) que quer aumentar para R$ 3 mil a faixa de isenção do Imposto de Renda em 2022.
Hoje, o limite de isenção é de R$ 1.903,98. Durante a campanha que o levou à Presidência da República, Bolsonaro havia prometido elevar este valor para R$ 5 mil. Nos últimos dias, tem dito que não conseguirá cumprir a promessa porque "o Brasil está quebrado".
Agora, recalibrou a promessa para o ano que vem.
"Gostaríamos de passar pra R$ 5 mil. Não seria de uma vez, mas daria para até o final do mandato fazer isso. Não conseguimos por causa da pandemia. Nós nos endividamos em mais R$ 700 bi, não deu pra atender. Vamos ver se para o ano que vem pelo menos passe de R$ 2 mil para R$ 3 mil", afirmou Bolsonaro.
Diante da ameaça de paralisação de caminhoneiros a partir de 1º de fevereiro, Bolsonaro anunciou que vai zerar a tarifa de importação de pneus "para os caminhoneiros que passam dificuldades".
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O governo tem minimizado as chances de que a paralisação de fato ocorra no início do próximo mês. Sob reserva, um ministro que tem acompanhado as negociações disse à reportagem que este é o 13º chamamento de greve que a gestão Bolsonaro enfrenta e que não vê chances de ver o movimento prosperar.
A possibilidade de greve, porém, preocupa lideranças no Congresso. A data da eventual paralização coincide com a das eleições das cúpulas da Câmara e do Senado, e há temor de radicalização.
Bolsonaro também comentou sobre o fim do auxílio emergencial. Disse que "depois de nove meses, tem que chegar num ponto final. Não tem dinheiro no cofre".
Bolsonaro usou a live para falar, pela primeira vez, sobre as mais recentes críticas do presidente francês, Emmanuel Macron, que associou a soja brasileira ao desmatamento da floresta amazônica e defendeu como alternativa a produção na Europa.
Na terça-feira (12), Macron escreveu em uma rede social que "continuar a depender da soja brasileira seria endossar o desmatamento da Amazônia".
"Somos consistentes com as nossas ambições ecológicas, lutamos para produzir soja na Europa!", escreveu o presidente francês.
"Quando importamos a soja que é produzida na floresta destruída do Brasil nós não estamos sendo coerentes", disse Macron no vídeo que foi publicado junto com a mensagem escrita. "Podem nos dizer: vocês são contra que se queime, que se destrua a floresta amazônica, mas vocês vivem das consequências disso."
"Pelo amor de Deus, seu Macron... 'Não compre soja do Brasil porque assim você não desmata a Amazônia, compre soja da França'.
A França produz de soja 20% do que a cidade de Sorriso produz aqui em Mato Grosso. Fica falando besteira aí, ô, seu Macron, não conhece nem o seu país. Fica dando pitaco aqui no Brasil", reagiu o mandatário brasileiro.
Para Bolsonaro, "essa é a politicalha deles".
"Vá procurar um palmo de mata ciliar na França. Vá procurar uma floresta. Quanto de floresta tem a França? Porque eles falam tanto em reflorestamento, em dar dinheiro pra nós... Não tem que dar dinheiro pra nós, não, nós vamos dar mudas de árvores para você replantar, reflorestar aí. Quer reflorestar seu país? Estamos à disposição para colaborar nesse sentido, nós temos muda para isso daí, pô."
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