Goldman Sachs investe em startup brasileira Olist
A Olist tem como público-alvo o pequeno lojista, principalmente aquele sem experiência com tecnologia
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A startup curitibana Olist, que oferece sistemas para que pequenos negócios criem lojas virtuais e exponham seus produtos nas páginas de grandes empresas do setor, anunciou nesta quinta-feira (15) ter recebido R$ 144 milhões em investimento.
Os recursos vieram do banco americano Goldman Sachs e do fundo Redpoint eventures, que já era investidor da startup.
A companhia afirma que o valor complementa injeção de capital de R$ 310 milhões anunciada em novembro. Tiago Dalvi, sócio da empresa, diz que os novos investidores já vinham em conversas com a empresa durante as negociações do ano passado.
A Olist tem como público-alvo o pequeno lojista, principalmente aquele sem experiência com tecnologia.
Esse empresário foi muito afetado pela pandemia e viu no comércio eletrônico uma forma de preservar parte das vendas, o que acelerou a adoção de serviços como o da startup.
A startup lançou em 2020 o serviço Olist Store, que tem como objetivo permitir a criação de lojas virtuais em poucos minutos. Segundo a empresa, 200 mil companhias se cadastraram.
O serviço de montagem de loja virtual era gratuito para todos até a última semana. Agora a empresa passou a ter um plano sem custo e outro de R$ 29,90 mensal, com mais funcionalidades.
A principal linha de negócios da empresa, a conexão entre lojistas e os grandes marketplaces, como Mercado Livre e os mantidos pela B2W, cresceu duas vezes e meia no ano passado, segundo Dalvi. Neste caso, a companhia fica com comissão pelas vendas dos lojistas.
O empresário diz que os recursos de investidores permitirão à empresa avançar no plano de adquirir outras startups para ampliar a oferta de serviços aos varejistas virtuais, em especial os financeiros e de tecnologia para gestão. A empresa também tem interesse em internacionalização.
Em 2020, a Olist comprou a Clickspace, de tecnologia para comércio eletrônico, e a Pax, de Logística, que usa o serviço de motoristas autônomos para fazer entregas e prevê lançamento de centros de distribuição.
Dalvi cita entre os fatores positivos de ser investido pelo Goldman Sachs a experiência do banco em abertura de capital fora do Brasil. Por outro lado, afirma que a startup ainda não tem previsão de realizar uma operação do tipo.
A Olist foi fundada em 2015 e conta com cerca de 650 profissionais. A expectativa é terminar o ano com mil.