Ações da Eletrobrás devem enfrentar volatilidade com decisões sobre privatização
Entre os que receberam positivamente a proposta, o argumento é que a aprovação abre caminho para a estatal destravar valor significativo
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Economia Privatização
A aprovação da Medida Provisória 1031/2021, que trata da privatização da Eletrobrás, na última quarta-feira, 19, ainda divide opiniões no mercado. Se por um lado, analistas elogiam o avanço da pauta na Câmara e a perspectiva de desestatização da companhia elétrica estar mais próxima, por outro, há a percepção de que o texto ainda contém vícios que interferem em questões de planejamento do setor elétrico.
Entre os que receberam positivamente a proposta, o argumento é que a aprovação abre caminho para a estatal destravar valor significativo, além de beneficiar a renovação de concessões da geração e ganhos operacionais, além da redução de custos.
No entanto, boa parte dos analistas e investidores olham com ressalvas a proposta aprovada, com o argumento de que o texto ainda interfere em questões de planejamento do setor.
Segundo o estrategista de pessoa física da Santander Corretora, Fernando Hadba, as ações da Eletrobrás devem enfrentar volatilidade nas próximas semanas, pois o preço deve reagir a qualquer atualização da tramitação no Senado.
"A proposta claramente não é perfeita, mas está na direção correta. Acreditamos que o texto atual tem chances reais de aprovação no Senado. A única certeza é de que se a privatização for aprovada no Senado, os preços (das ações) vão subir", afirma.
Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais, acredita que a versão do texto aprovada ainda traz muitas dúvidas sobre o processo de capitalização da estatal, e que o desfecho da MP ainda parece longe. "A visão geral é que vai provocar aumento de tarifa para pessoas físicas e jurídicas e pode sofrer mudanças no Senado, retornando para a Câmara", aponta.
As ações ON da Eletrobrás fecharam em R$ 41,75 na sexta-feira, 21, com alta de 4,7% em relação ao fechamento de sexta-feira da semana anterior, enquanto as PNB subiram 4,4%, negociadas a R$ 41,63.
Carteiras
Entre as mudanças nas carteiras semanais de corretoras, a Ativa Investimentos retirou Arezzo ON, Cyrela Commercial Properties ON e Enauta ON, enquanto incluiu Azul PN, BTG Pactual Unit e Carrefour Brasil ON.
A Guide Investimentos adicionou Localiza ON e Mosaico ON, retirando BR Distribuidora ON e Marfrig ON. Segundo a corretora, a Localiza está bem posicionada para retomada da atividade doméstica, enquanto há expectativa por fortes números vindos de Mosaico.
A Mirae Asset retirou Petrobrás ON e Vale ON, ao mesmo tempo que incluiu Santos Brasil ON e Usiminas PNA, destacando que a siderúrgica deve se beneficiar da forte demanda por aço no mercado doméstico com a retomada da economia no País. Já a MyCap retirou Alpargatas ON e B3 ON, incluindo Bradespar ON e Marfrig ON na carteira semanal.
Os analistas da Órama fizeram uma pequena alteração, incluindo Ambev ON no lugar de Vale ON. A XP também realizou uma troca: tirou Petrobrás PN e inseriu Duratex ON. A Planner fez três mudanças em sua carteira: acrescentou Klabin Unit, Minerva ON e Totvs ON, enquanto retirou Eztec ON, Telefônica Brasil ON e Vale ON.