Bolsonaro: alguns acham que tenho que fazer algo mais contra a inflação
Na sua tradicional live semanal, ele voltou a reconhecer o aumento dos preços, mas relativizou a crise ao dizer que a alta acontece em todo o mundo, e não só no País
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O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quinta-feira, 7, que aqueles que o criticam por causa da escalada inflacionária no Brasil apresentem a ele soluções para combater o problema. Na sua tradicional live semanal, ele voltou a reconhecer o aumento dos preços, mas relativizou a crise ao dizer que a alta acontece em todo o mundo, e não só no País.
Ao comparar preços de produtos no Brasil e em outros países, como os Estados Unidos, Bolsonaro afirmou: "Tá reclamando que tá alto aqui? Lá também está. Essa crise é no mundo todo. Não é só no Brasil", disse, para depois convocar a população a trazer medidas para conter o problema da inflação. "Algumas pessoas dizem que eu tenho que fazer algo mais. Algo mais o quê? Dá exemplo. Outro dia me deram sugestão: pra reduzir preço da carne, proíba exportação por 30 dias. Quem fez isso foi a Argentina. Isso gerou depois alta de preços e desabastecimento", afirmou.
Bolsonaro voltou a culpar a pandemia e as medidas restritivas pela debacle na economia, mas sustentou que o País foi um dos que menos sofreu nesta área por causa da Covid-19. Ao citar nações que estão enfrentando crise econômica, ele novamente citou a Argentina como exemplo negativo. "Um vizinho pobre é ruim para o Brasil", lamentou.
O presidente também falou, mais uma vez, sobre a alta nos combustíveis e disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem ajudado o governo a achar soluções para redução nos preços, como a mudança na incidência do ICMS sobre o produto. "Se o ICMS não incidir sobre o valor da refinaria na gasolina, ou em cima do etanol da usina, a gente vai ficar vivendo essa incerteza o tempo todo", declarou.