Gol conclui refinanciamento de R$ 1,2 bilhão em dúvida de curto prazo
A transação realizada com esforços restritos, segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira, 26, foi liderada por um sindicato de bancos formado por UBS BB, Bradesco BBI e Santander
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Economia Gol
A Gol anuncia que finalizou o refinanciamento de sua dívida bancária de curto prazo de R$ 1,2 bilhão, por meio da extensão da 7ª Série de Debêntures e da emissão da 8ª Série de Debêntures Simples Não-Conversíveis. A transação realizada com esforços restritos, segundo fato relevante divulgado nesta terça-feira, 26, foi liderada por um sindicato de bancos formado por UBS BB, Bradesco BBI e Santander.
"A finalização do refinanciamento de R$ 1,2 bilhão da dívida de curto prazo, e a consequente conclusão do nosso programa de liability management, não poderiam ter ocorrido em melhor momento," afirma Richard Lark, vice-presidente financeiro da Gol. "Agora, comparativamente aos nossos pares, o balanço patrimonial da Gol está numa posição mais forte em termos de endividamento, o que entendemos ser uma vantagem competitiva no atual ambiente de mercado."
Conforme anúncio dos termos e condições do refinanciamento da companhia em setembro, a emissão dessas debêntures representa a última etapa do programa de liability management, o que permitirá que a empresa retorne ao seu menor patamar de dívida bancária de curto prazo desde 2014, com um montante aproximado de R$ 0,5 bilhão.
Segundo a empresa, no período de 19 meses encerrados no mês passado, a extração de valor dos ativos da Gol, propiciou uma redução de R$ 3,3 bilhões na sua dívida financeira de curto prazo. O passivo de arrendamento manteve-se em aproximadamente 46% do total do endividamento, com uma taxa de desconto estável em IFRS16.
Os recursos das debêntures serão utilizados integralmente para refinanciar a dívida de curto prazo da companhia e estender o prazo médio dos passivos para 3,3 anos, um aumento de mais de dois anos. Isso inclui R$ 0,6 bilhão do saldo remanescente da 7ª emissão de debêntures, e aproximadamente R$0,6 bilhão de linhas de crédito de financiamento à exportação (Finimps) e linhas de crédito para capital de giro.
Segundo a empresa, a transação também melhorará as métricas de crédito, casando de maneira mais adequada os ativos e passivos futuros, assim como reduzindo o custo de dívida da companhia. O próximo vencimento material de endividamento da Gol somente ocorrerá em julho de 2024.
Debêntures
As debêntures serão remuneradas a uma taxa de CDI+4,5% (uma redução de aproximadamente 20% no spread sobre CDI) e terão data de vencimento de três anos após a emissão. Os pagamentos de principal e juros serão mensais, após período de carência de 12 meses para principal e de seis meses para juros.
As debêntures são resgatáveis, total ou parcialmente, a qualquer momento após emissão. Elas terão garantias fidejussórias da companhia e garantia real prestada pela GLA na forma de cessão fiduciária de determinados recebíveis de cartão de crédito, com a preservação dos direitos de antecipação dos recebíveis dessas garantias.
"A disciplinada gestão financeira da Gol ao longo da pandemia fortaleceu seu balanço patrimonial e reduziu o endividamento de curto prazo, preservando a liquidez em patamares adequados para a manutenção das operações. Ainda conforme o comunicado, a companhia também concluiu importantes iniciativas parar o equilíbrio de sua estrutura de capital, como a amortização do Term Loan no montante de US$ 300 milhões, a emissão de US$ 650 milhões de Senior Secured Notes 2026, aumento de capital de R$ 423 milhões, e a aquisição da participação minoritária no seu programa de fidelidade Smiles no valor de R$ 1,3 bilhão.