Dólar mantém tendência de queda; chegada da Eletrobras ao mercado movimenta investidores
Participantes do mercado alertavam para possibilidade de volatilidade nos mercados nesta sessão devido à redução da liquidez por um feriado nos EUA.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar engatava uma terceira queda diária consecutiva nesta segunda-feira (30), seguindo a fraqueza da divisa norte-americana no exterior conforme investidores reavaliavam suas expectativas de aperto monetário nos Estados Unidos, abandonando apostas muito agressivas.
Participantes do mercado alertavam para possibilidade de volatilidade nos mercados nesta sessão devido à redução da liquidez por um feriado nos EUA.
Às 9h05 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,66%, a R$ 4,7071 na venda.
Na B3, às 9h05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,49%, a R$ 4,7080.
A moeda norte-americana à vista fechou a última sessão, na sexta-feira (27), em queda de 0,49%, a R$ 4,7384 na venda, menor valor desde 20 de abril (R$ 4,6186).
Na sexta-feira (27), em uma nova sessão marcada pela redução da aversão ao risco por parte dos investidores em escala global, o dólar voltou a perder força frente ao real e marcou a terceira semana consecutiva de desvalorização, enquanto a Bolsa de Valores terminou o dia em leva alta.
Os papéis da Eletrobras encerram o dia sem tendência definida, após a estatal anunciar o lançamento da oferta de ações no âmbito da privatização da estatal.
No câmbio, o dólar fechou nesta sexta em queda de 0,46%, a R$ 4,7390, com queda de 2,7% na semana, a terceira consecutiva para o intervalo, e de 15% no ano.
Na Bolsa brasileira, o índice de ações Ibovespa fechou em leve alta de 0,05%, aos 111.941 pontos, com valorização acumulada de 3,18% na semana, e de 6,8% no ano. A sessão foi de volatilidade para os papéis da Eletrobras. Os papéis ordinários da empresa recuaram 1,23%, enquanto os preferenciais avançaram 0,59%.
A Eletrobras lançou na sexta a oferta de ações com vistas à sua privatização, uma operação que movimentaria cerca de R$ 35 bilhões, considerando um lote suplementar e o valor do papel no fechamento da véspera, segundo prospecto preliminar entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Os números vieram dentro do que o mercado já vinha projetando ao longo das últimas semanas.
A operação envolvendo a maior companhia elétrica da América Latina, com atuação em geração, transmissão e comercialização de energia, será precificada no dia 9 de junho, e o preço da oferta será determinado com base no interesse dos investidores.
Desconsiderando o lote suplementar de ações, a oferta da Eletrobras chegaria a R$ 30,69 bilhões.
A operação de capitalização envolverá uma oferta primária e secundária de ações ordinárias realizada simultaneamente no Brasil e no exterior, o que diluiria a participação do Estado na empresa de 72% para pelo menos 45%.
No mercado global, a sexta foi de alta generalizada nas principais Bolsas, com a redução no temor dos investidores a respeito de um aperto monetário mais agressivo por parte do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos).
O S&P 500 marcou valorização de 2,47%, o Dow Jones subiu 1,76%, e o Nasdaq, com maior concentração de ações de tecnologia, avançou 3,33%.