Serpro, contratado para monitorar internet nas eleições, entra em greve
O órgão foi contratado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para monitorar a internet durante as eleições presidenciais, em outubro.
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DANIELA ARCANJO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Funcionários do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) entraram em greve por tempo indeterminado na quarta-feira (10) após não conseguirem reajuste equivalente à inflação, de 12%. Haverá uma reunião entre os sindicatos e a empresa nesta segunda-feira (15).
O órgão foi contratado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para monitorar a internet durante as eleições presidenciais, em outubro.
A empresa pública também atua na padronização de documentos de 35 portos e no desenvolvimento de ferramentas para o Tesouro Nacional.
A greve teria mobilizado perto da metade dos funcionários, afirma a sindicalista, especialmente os desenvolvedores.
A reportagem não conseguiu contato com o Serpro.
Vera Guasso, secretária-geral do Sindppd-RS (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no estado do Rio Grande do Sul), que está na negociação, diz que a primeira proposta foi apresentada pelos funcionários no final de março.
Desde então, houve duas reuniões. Na primeira, em junho, a contraproposta foi de 4,8%. Na última, em julho, foi de 6%.
Além do reajuste nos salários, os trabalhadores também pedem aumento de 12% nos benefícios, como ticket refeição -demanda sobre a qual a empresa ainda não se pronunciou.
"O último reajuste de 100% da inflação foi em 2015", diz Guasso. No ano passado, o aumento foi de 70% do IPCA. "Não queremos que chegue até a eleição e vire o ano", afirma.