Inflação desacelera após gastos menores dos consumidores
Em fevereiro, a taxa caiu para 0,90%, com a menor alta dos alimentos
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Economia Cautela
A menor demanda de consumidores começa a diminuir o avanço de preços de alguns bens e serviços. Esses pequenos sinais foram percebidos em fevereiro nos preços de itens como alimentação fora de casa (restaurantes e lanchonetes), dentistas e médicos, passagens aéreas, produtos de limpeza, motéis e hotéis.
De acordo com as informações da Folha de S. Paulo, mesmo as mensalidades dos chamados "cursos regulares", entre eles creches até a pós-gradução, sofreram influência de uma menor procura. Isso apesar do reajuste médio de 7,43% em fevereiro.
A maior cautela foi consequência da pressão dos pais dos estudantes por menores reajustes num momento de crise. Emprego e renda estão sendo afetados. Os pais têm, no limite, colocado os filhos nas escolas públicas.
Outro exemplo contundente vem das passagens áreas, com deflação (queda de preços) de 15,83% em fevereiro. Diante da menor demanda por bilhetes, as companhias lançam promoções para ocupar os assentos.
Em fevereiro, a inflação até desacelerou para 0,90%, com a menor alta dos alimentos. Esta foi, porém, a segunda taxa mais alta para o mês desde 2004.