Lula critica mercado e uso da palavra 'gasto' quando há investimentos sociais
Lula pediu que todos parem de usar a palavra "gasto" quando isso significar algum investimento em políticas públicas e obras
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Economia Bastidores
Com fortes críticas aos agentes financeiros, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um relato sobre recente reunião com sua equipe econômica, citando nominalmente os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). De acordo com o presidente, ele pediu que todos parem de usar a palavra "gasto" quando isso significar algum investimento em políticas públicas e obras.
Em encontro com jornalistas, Lula voltou a criticar o mercado financeiro pelas cobranças feitas sobre o governo.
"Não falam que o governo não pode pagar tanto juro", declarou o presidente da República. "O mercado não tem coração, sensibilidade, humanismo. Não tem solidariedade. É só que venha a nós, ao vosso reino, nada. O governo tem obrigação de cuidar das pessoas necessitadas e ponto", disse.
E acrescentou: "As pessoas vão ficar nervosas, mas nós vamos fazer com que esse povo deixe de ser miserável. Acabamos com a fome uma vez e vamos acabar de novo."
Lula voltou a defender uma política tributária que faça os ricos pagarem mais impostos. "Eu nunca vi a Febraban se unir para dizer que vai pegar parte do juro que recebe e dar para Padre Júlio Lancellotti", chegou a afirmar.
Ainda assim, Lula voltou a dizer que não é preciso ter preocupação com os governos do PT, pelo fato de ter feito superávit primário ao longo dos oito anos de sua gestão.
De acordo com Lula, os novos salários de conselheiros da Eletrobras após a privatização beiram R$ 300 mil por mês. O governo é responsável pelas indicações. "Isso não é jogar dinheiro fora? Como vamos explicar? Cadê a seriedade que nos cobram?", seguiu.