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Campos Neto reitera que quer trabalhar junto com governo federal

Ele participou de evento do BTG Pactual na manhã desta terça.

Campos Neto reitera que quer trabalhar junto com governo federal
Notícias ao Minuto Brasil

21:30 - 14/02/23 por Estadao Conteudo

Economia Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta terça-feira, 14, que quer trabalhar junto com o governo federal e está à disposição para oferecer uma opinião técnica ao Executivo. Ele participou de evento do BTG Pactual na manhã desta terça.

Campos Neto voltou a defender que é possível coordenar política fiscal responsável com política social. Ele repetiu que o ideal é que os programas sejam temporários, direcionados e sob medida, mas ponderou que o governo está "na direção certa" sobre o tema fiscal.

"Tem de ter uma escolha, tem de ter uma priorização de gastos. Eu conversei outro dia com a ministra Simone Tebet, do Planejamento e ela falou muito disso, como prioriza, melhora a qualidade de gastos, achei muito boa a conversa", disse Campos Neto.

Reuniões do CMN e voto do BC

O presidente do Banco Central repetiu que se posicionou contra a proposta de se exigir uma decisão unânime do Conselho Monetário Nacional (CMN) para se alterar as metas de inflação. O colegiado é composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo chefe do BC.

"Se eu tivesse de olhar os extremos, entre preferir unanimidade e preferir o Banco Central não ter voto e ser só um assistente técnico, eu preferia a outra, porque a gente acha que tem um pouquinho de conflito de interesse no fato de você determinar sua própria meta", disse, no evento organizado pelo BTG Pactual.

As declarações ecoaram a entrevista do presidente do BC ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira, 13, quando ele já havia dito ter se posicionado contra uma mudança nas regras sobre a deliberação do CMN. Hoje, o colegiado pode tomar as decisões sobre os alvos por maioria simples - portanto, o governo poderia mudar a meta contra a vontade do BC.

Nesta terça, Campos Neto reiterou ser contrário a uma mudança das "regras do jogo" e disse que a autoridade monetária seguirá o alvo definido pelo CMN. Ele acrescentou que a meta não é um instrumento de política monetária e disse considerar que o sistema brasileiro funciona bem hoje.

Questionado sobre se o CMN poderia tomar uma decisão sobre as metas na sua reunião marcada para quinta-feira, 16, o presidente do BC não respondeu. "Vocês vão ter de esperar, mesmo porque o presidente do CMN é o ministro da Fazenda, o Banco Central tem um voto de três", disse.

Ele repetiu que o sistema de metas pode ser aperfeiçoado, mas alertou que o aumento dos alvos pode levar a uma elevação das expectativas e reduziria a flexibilidade para a condução da política monetária.

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