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Projeção do Boletim Focus de alta do PIB de 2023 sobe de 1,84% a 2,14%

Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,80% ante 1,70% quatro semanas antes

Projeção do Boletim Focus de alta do PIB de 2023 sobe de 1,84% a 2,14%
Notícias ao Minuto Brasil

16:45 - 19/06/23 por Estadao Conteudo

Economia Alta

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 19, voltou a mostrar um salto na projeção de crescimento econômico para este ano, ainda repercutindo a força surpreendente demonstrada no dado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre (1,9%).

A mediana das projeções para a alta do Produto Interno Bruto em 2023 subiu de 1,84% para 2,14%, contra 1,20% há um mês. Considerando apenas as 71 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,11% para 2,19%

Já para 2024, o Focus mostrou redução da estimativa de crescimento do PIB de 1,27% para 1,20%, contra 1,30% de um mês atrás. Considerando apenas as 69 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 cedeu de 1,20% para 1,19%.

Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,80% ante 1,70% quatro semanas antes. O boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que, por sua vez, subiu de 1,95% para 1,99%, contra 1,80% há um mês.

No fim de maio, o Ministério da Fazenda aumentou sua projeção oficial para o PIB deste ano, de 1,61% para 1,91%. Na semana passada, o secretário de Política Econômica (SPE) da Fazenda, Guilherme Mello, disse ao Estadão/Broadcast que o resultado pode ficar mais perto de 2,5%. No Banco Central, a estimativa atual é de 1,2%, que poderá ser atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) deste mês.

Déficit primário

O Boletim Focus mostrou cenário marginalmente mais favorável para as contas públicas este ano na edição publicada nesta segunda. A projeção para o déficit primário em relação ao PIB em 2023 diminuiu de 1,05% para 1,01%.

Quatro semanas antes, a expectativa era um pouco menor, de 1,00%. No fim de maio, o governo alterou a expectativa deficitária para este ano de R$ 107,6 bilhões para R$ 136,2 bilhões, ou 1,3% do PIB. Para o déficit nominal em 2023, a mediana também mudou, de 7,85% para 7,77% do PIB, contra 7,80% há um mês.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2023, por sua vez, se manteve em 60,60%, contra 61,00% há um mês.

2024

No ano que vem, a estimativa para a dívida líquida caiu levemente, de 64,40% para 64,20%. Há quatro semanas, a expectativa era de 64,70% do PIB. Já o déficit primário esperado para 2024 subiu de 0,70% para 0,80% do PIB, se distanciando da meta prevista pelo governo de resultado neutro (0% do PIB). O déficit nominal projetado na Focus permaneceu em 7,00% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,70% e 7,00% do PIB, nessa ordem.

Déficit em c/c

Os economistas do mercado financeiro alteraram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023 no Boletim Focus desta semana.

A projeção deficitária passou de US$ 47,50 bilhões para US$ 45,29 bilhões ante US$ 47,06 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa de déficit variou de US$ 53,00 bilhões para US$ 51,02 bilhões, de US$ 53,05 bilhões há quatro semanas.

Em relação ao superávit da balança comercial em 2023, a projeção avançou de US$ 59,20 bilhões para US$ 61,15 bilhões, contra US$ 60,00 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana superavitária subiu de US$ 55,30 bilhões para US$ 57,80 bilhões, de US$ 54,60 bilhões há quatro semanas.

Os analistas consultados semanalmente pelo BC avaliam que o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano.

Mas a mediana das previsões para o IDP em 2023 cedeu de US$ 80,00 bilhões para US$ 79,00 bilhões após 25 semanas de estabilidade. Para 2024, a estimativa foi mantida em US$ 80,00 bilhões pela 20ª vez.

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