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Dólar recua com exterior favorável, após subir de olho em piora do IBC-BR e fiscal

O rendimento dos Treasuries e dólar voltam a cair lá fora, enquanto os futuros de Nova York sobem moderadamente com as expectativas de fim do aperto monetário nos EUA

Dólar recua com exterior favorável, após subir de olho em piora do IBC-BR e fiscal
Notícias ao Minuto Brasil

15:20 - 17/11/23 por Estadao Conteudo

Economia Câmbio

O dólar volta a operar em baixa na manhã desta sexta-feira, 17, alinhado ao sinal predominante no exterior e à queda dos juros dos Treasuries, após ter um ajuste de alta pontual depois da abertura dos negócios em meio ao resultado pior que o esperado do IBC-Br em setembro ante agosto. O rendimento dos Treasuries e dólar voltam a cair lá fora, enquanto os futuros de Nova York sobem moderadamente com as expectativas de fim do aperto monetário nos EUA.

O IBC-Br caiu 0,06% em setembro ante agosto, com ajuste, e ficou abaixo da mediana das estimativas, de +0,20% (intervalo de -0,20% a +0,60%), apuradas pelo Projeções Broadcast. O IBC-BR subiu 2,77% no ano até setembro, sem ajuste, e avançou 2,50% em 12 meses até setembro, sem ajuste.

Os investidores estão atentos a medidas arrecadatórias do governo no Congresso. Um dos projetos centrais para a estratégia de aumentar as receitas a partir de 2024, a regulamentação das subvenções estaduais na base de cálculo de tributos federais pode ter avanço nos próximos dias, conforme a expectativa de integrantes do Ministério da Fazenda. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a equipe econômica trabalha para fechar um texto ainda nesta semana, com a missão de pactuá-lo com lideranças do Congresso a partir da segunda-feira, 20.

A ideia é apresentar a nova versão a líderes tanto da Câmara quanto do Senado, que apreciará a matéria após votação dos deputados. "Vamos avançar, isso vai ser aprovado este ano", disse uma fonte ouvida pela reportagem. A medida, que pode garantir mais de R$ 35 bilhões no próximo ano, ganhou mais fôlego após o anúncio de que o governo manterá a meta de déficit zero para 2024.

Mais cedo, o diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, fez uma apresentação sobre os impactos dos estímulos fiscais sem precedentes da pandemia sobre a inflação e os mercados globais. Após apontar o afrouxamento tanto monetário quanto fiscal que aconteceu simultaneamente em 77% dos países em 2020, primeiro ano da crise sanitária, Guillen observou que as economias que mantiveram gastos acima do patamar de pré-pandemia também observaram variações mais persistentes dos núcleos de inflação. Segundo o diretor do BC, o impacto dos estímulos sobre a inflação mudou bastante e depende do espaço fiscal: quanto maior a dívida dos países, maior é o impacto sobre os preços.

Estão sendo aguardados ainda comentários do presidente do BC, Roberto Campos Neto (10h30), após o governo decidir manter a meta fiscal de déficit primário zero para 2024, embora uma mudança ainda possa ocorrer no começo do ano que vem. Na quinta, 16, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que trabalha para que o eventual contingenciamento (bloqueio preventivo) de recursos para cumprir a meta de déficit zero no próximo ano seja de apenas R$ 26 bilhões, caso necessário, apurou o Estadão/Broadcast. O número é bem menor que os R$ 53 bilhões que têm sido usados como base para a discussão.

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 0,52% em novembro, após a alta de 0,52% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,15% a uma alta de 0,60%, com mediana positiva de 0,52%.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) arrefeceu em cinco das sete capitais pesquisadas na passagem das primeira para a segunda quadrissemana de novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, o índice cheio passou de 0,53% para 0,46%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,37% na segunda quadrissemana de novembro, desacelerando em relação ao avanço de 0,39% da primeira quadrissemana do mês, segundo dados publicados na manhã desta sexta pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Às 9h42, o dólar à vista caía 0,24%, a R$ 4,8578. Na máxima, subiu a R$ 4,8773 (+0,15%). A mínima mais cedo ficou em R$ 4,8533 (-0,36%). O dólar futuro para dezembro tinha queda de 0,16%, a R$ 4,8640.

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