Dólar passa a subir de olho em Treasuries, varejo forte nos EUA e por cautela fiscal
A meta de 2025 constará do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo ano, que será detalhado pelo governo hoje à tarde (16h30), seguido de entrevista coletiva (17 horas
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Economia MERCADO-FINANCEIRO
Após breve queda na abertura, o dólar passou a subir na manhã desta segunda-feira, 15, acompanhando o fortalecimento dos juros dos Treasuries após as vendas no varejo nos Estados Unidos virem acima do esperado em março e de olho no noticiário fiscal interno.
A equipe econômica deve atrasar a entrega de projetos de regulamentação da reforma tributária em mais uma semana, em razão da ida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à reunião do G20, e também teria fechado a meta fiscal de 2025 em resultado primário zero, a mesma estabelecida para este ano, conforme apurou Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Porém, o mercado aposta que o objetivo fiscal estabelecido não será cumprido neste ano.
A meta de 2025 constará do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo ano, que será detalhado pelo governo hoje à tarde (16h30), seguido de entrevista coletiva (17 horas).
Na Europa, o euro também perdeu força, apesar do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmar que as decisões futuras de política monetária vão "garantir que as taxas de juros se mantenham suficientemente restritivas pelo tempo que for necessário" na região.
Às 9h58, o dólar à vista renovava máxima e subia 0,66%, a R$ 5,1549, após cair até mínima a R$ 5,1052 (-0,31%) nos primeiros negócios. No horário mencionado, o dólar futuro para maio ganhava 0,70%, a R$ 5,1635.
Nos Estados Unidos, entre os indicadores, as vendas no varejo subiram 0,7% em março ante fevereiro, acima da previsão dos analistas (+0,4%). Sem automóveis, as vendas no varejo avançaram 1,1% em março ante fevereiro. Já o índice de atividade industrial Empire State apontou -14,3 em abril, ante estimativa no mercado de -7.
O Goldman Sachs teve lucro líquido de US$ 4,13 bilhões no primeiro trimestre de 2024, 28% maior do que o ganho de US$ 3,23 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira. Entre janeiro e março, o banco americano registrou lucro por ação de US$ 11,58, superando de longe a previsão da FactSet, de US$ 8,73. Por volta das 8h50 (de Brasília), a ação do Goldman saltava 3,6% nos negócios do pré-mercado em Nova York.
Na China, o banco central, conhecido como PBoC, manteve a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sugerindo que seus juros principais também ficarão inalterados. Na sexta-feira, o dólar avançou a R$ 4,1212 no fechamento, acumulando ganho na semana passada de 1,10% e de 2,11% em abril.
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