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Governo federal anuncia proposta ao Congresso de suspensão da dívida do RS por 36 meses

O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Governo federal anuncia proposta ao Congresso de suspensão da dívida do RS por 36 meses
Notícias ao Minuto Brasil

17:48 - 13/05/24 por Estadao Conteudo

Economia Governo

O governo federal anunciou nesta segunda-feira, 13, que vai propor ao Congresso a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul por 36 meses para que o Estado tenha recursos para se reconstruir depois da devastação causada pelas enchentes. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma videoconferência com o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), e outras autoridades. O compromisso foi transmitido nos canais do governo.

Leia os pontos da proposta anunciada por Haddad:

Tempo de suspensão da dívida - 36 meses;

Juros da dívida - sem incidência de juros sobre o estoque de dívida durante a suspensão;

Valor que RS deixará de pagar - R$ 11 bilhões a menos de pagamentos à União enquanto durar a suspensão.

"Vamos poder contar com cerca de R$ 11 bilhões que seriam destinados ao pagamento do RS frente à União para um fundo contábil que deverá ser investido na reconstrução do Estado", disse Haddad. 

Esses recursos serão utilizados obedecendo a um plano de trabalho a ser elaborado pelo governo do Rio Grande do Sul.

O acordo será enviado para análise do Legislativo por meio de um projeto de lei complementar. 

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estava ao lado de Lula no anúncio. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estava em São Paulo e chegou com o anúncio já em andamento.

Haddad também explicou como serão utilizados os R$ 12 bilhões já divulgados, por meio de medida provisória, do governo federal para ajuda ao Estado.

"Desses R$ 12 bilhões, R$ 7 bilhões são basicamente subsídio ao crédito", declarou Haddad. 

Esses recursos serão utilizados por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO) e do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI). "São R$ 7 bilhões de subsídios, o que vai implicar em linhas de crédito que podem atingir de R$ 35 bilhões a R$ 50 bilhões na ponta", disse o ministro da Fazenda. 

Os demais recursos seriam executados por outros ministérios.

Haddad também disse que o governo federal tem equipes dedicadas permanentemente à situação do Rio Grande do Sul. Segundo o ministro, o canal de comunicação entre o Estado e o governo federal ficará aberto.

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