China: mais duas cidades anunciam planos para enfrentar crise habitacional
O país enfrenta uma crise imobiliária
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As cidades chinesas de Foshan e Nanjing anunciaram planos para adquirir moradias não vendidas, inacabadas ou antigas. As iniciativas ocorrem no mesmo momento em que Pequim busca absorver o excesso de oferta de apartamentos, como solução para a atual crise imobiliária do país.
Foshan, localizada na província de Guangdong, revelou, nesta segunda-feira, 13, que incentivará empresas estatais locais a comprar e finalizar projetos habitacionais inacabados. A cidade também incentivará a participação em um programa de troca para renovar apartamentos antigos e transformá-los em moradias públicas. Foshan oferecerá ainda subsídios para encorajar residentes a venderem seus imóveis antigos e mudarem-se para novas habitações.
No sábado, 11, Nanjing, a capital da província de Jiangsu, anunciou que planeja reformar ou adquirir estoques de moradias e convertê-los em habitações públicas. Essas medidas seguem iniciativas similares adotadas por outras cidades chinesas nas últimas semanas.
Os anúncios foram feitos após os principais formuladores de políticas chineses expressarem preocupação com os projetos habitacionais não vendidos ou inacabados. A situação imobiliária chinesa reflete condições de liquidez mais restritas para empresas e menor consumo no país.
Especialistas do setor avaliam positivamente essas políticas. O economista-chefe da JLL para a China, Bruce Pang, considera que as medidas podem acelerar a desestocagem no setor imobiliário e oferecer moradias mais acessíveis. O analista da ANZ Research Zhaopeng Xing espera que mais cidades adotem abordagens semelhantes.