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Lula assina medida com benefícios para evitar demissões no RS

O anúncio ocorreu em um evento em Arroio do Meio (a 120 km de Porto Alegre), no Vale do Taquari, região devastada pela tragédia climática

Lula assina medida com benefícios para evitar demissões no RS
Notícias ao Minuto Brasil

14:30 - 09/06/24 por Folhapress

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ARROIO DO MEIO, RS, E RECIFE, PE (FOLHAPRESS) - O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (6), uma MP (medida provisória) que prevê o pagamento de duas parcelas mensais de salário mínimo a trabalhadores formais do Rio Grande do Sul.

Em contrapartida, as empresas que aderirem ao programa devem se comprometer com a manutenção dos empregos. A medida busca a preservação de postos de trabalho em áreas atingidas pelas enchentes de maio.

Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, essas pessoas vivem em uma "mancha de inundação". Ao todo, o investimento da MP será de R$ 1,5 bilhão, de acordo com o ministro Paulo Pimenta (Reconstrução do Rio Grande do Sul).

O anúncio ocorreu em um evento em Arroio do Meio (a 120 km de Porto Alegre), no Vale do Taquari, região devastada pela tragédia climática. O governador Eduardo Leite (PSDB) não participou da cerimônia realizada durante a tarde.

Essa foi a quarta vez que Lula visitou o estado desde o início das enchentes. Cada parcela do programa vai custar R$ 1.412, o valor do salário mínimo. A estimativa é de que cerca de 434 mil trabalhadores possam ser beneficiados.

Em contrapartida, as empresas têm de manter o empregado por pelo menos quatro meses (dois do benefício, mais os dois meses seguintes), sem redução de salários.

A operação será coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em nota, o governo federal disse que enviará um salário mínimo aos trabalhadores em julho e agosto.

Lula assinou ainda uma medida provisória que libera recursos federais a 49 cidades gaúchas que ainda não tinham sido contempladas na verba liberada em maio porque declararam calamidade pública posteriormente. Ao todo, R$ 124 milhões serão enviados a essas cidades.

Com a inclusão desses, 96 municípios terão a uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios em suas receitas, no total, mais de R$ 313 milhões, de acordo com o governo.

O Planalto também ampliou o pagamento da parcela única de R$ 5.100, o chamado auxílio reconstrução para famílias desalojadas ou desabrigadas, para mais 76 municípios. Com o pagamento de novo lote, realizado nesta quinta-feira (6), o número de famílias beneficiadas chegou a 99,8 mil.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que 161 mil benefícios já foram aprovados para as famílias atingidas pelo desastre e que o número deve chegar a 240 mil famílias, cerca de 1 milhão de pessoas. "As regiões mais aglomeradas, mais densas, já foram alcançadas. Agora, a gente tem que refinar isso para chegar aos locais mais distantes", afirmou Waldez.

Outros ministros também fizeram anúncios de medidas para o Rio Grande do Sul. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que a pasta concluiu o processo de criação de leitos emergenciais para um período de seis meses no Rio Grande do Sul. Serão 799 clínicos e pediátricos, além dos 120 leitos que já tinham sido autorizados, em um investimento de R$ 64,4 milhões.

Já o Ministério das Cidades anunciou portaria de liberação para que a Caixa Econômica Federal possa receber propostas de unidades habitacionais novas ou usadas para que o governo federal possa adquirir as unidades prontas e entregar a pessoas desalojadas e desabrigadas.

Após as aquisições, haverá uma lista de prioridade para as famílias. Um dos critérios citados foi a prioridade para famílias com maior número de crianças irem primeiro para os imóveis.

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