Quase 15 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023
A prevalência da subnutrição caiu cerca de um terço no ano passado na comparação com o período de 2020 a 2022. Passando de uma taxa de 4,2% para 2,8%
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Economia Fome
Quase 15 milhões de brasileiros deixaram de passar fome no país, no ano passado. Os dados são do novo relatório da FAO, Agência das Nações Unidas para a agricultura e a alimentação, divulgado na Reunião Ministerial da Força-Tarefa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza do G20, nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que o lançamento do documento ocorreu fora de Roma ou Nova York
Em 2022, a insegurança alimentar severa atingia mais de 17 milhões de brasileiros. Em 2023, esse número caiu para 2,5 milhões de pessoas. Uma redução de 85%. Com isso, a porcentagem da população brasileira que vivia nessa situação passou de 8 para 1,2%.
O Brasil também apresentou melhoras em outros indicadores. A prevalência da subnutrição caiu cerca de um terço no ano passado na comparação com o período de 2020 a 2022. Passando de uma taxa de 4,2% para 2,8%.
Em coletiva de imprensa, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome, Wellington Dias, afirmou que o Brasil deve sair do Mapa da Fome em 2026. O país tinha conquistado esse feito em 2014 e sustentou esta posição até 2018. Mas de 2019 a 2022 apresentou tendência de crescimento da pobreza e da insegurança alimentar.
Durante discurso na divulgação do relatório, o ministro destacou algumas das políticas que possibilitaram o recuo da fome no país, como a política de transferência de renda como o bolsa família.
Em relação aos dados globais, o relatório apontou que uma em cada 11 pessoas pode ter passado fome no mundo no ano passado. Segundo o documento, há uma prevalência global de subnutrição e o mundo está longe de alcançar o objetivo de erradicar a fome até 2030.
No ano passado, a estimativa era que quase 30% da população mundial, o que significa mais de 2,3 bilhões de pessoas, vivia em insegurança moderada ou grave. O cenário é pior em regiões da África e da Ásia.
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