Reformas trabalhista e da Previdência não sairão neste ano, diz Temer
Aprovar reformas ainda em 2016 é difícil, alegou o presidente interino
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Economia Interino
Michel Temer (PMDB) admitiu nesta sexta-feira (29) que a sua gestão interina não deve conseguir aprovar as reformas da Previdência e trabalhista ainda este ano, como queria inicialmente. Afirmou, no entanto, que fará todo o esforço para votar a Proposta de Emenda à Constituição do teto de gastos no Orçamento.
“Acredito que a PEC do teto de gastos será possível e temos hoje a colaboração do Congresso. As reformas trabalhista e previdenciária não sei quanto tempo vão levar ainda”, revelou o presidente interino, segundo a revista Veja.
Para tentar sanear os problemas financeiros do país, a reforma da Previdência foi apontada como uma das principais medidas do governo Temer. Inicialmente, o Palácio do Planalto tinha o objetivo de mandar uma proposta no início de junho, com somente um mês no comando, mas as negociações com as centrais sindicais se apresentaram mais difíceis que o previsto.
Parlamentares ainda assinalam que um tema complicado e que mexe nos direitos sociais dificilmente seria apreciado pelos deputados com boa vontade em um ano eleitoral com muitos deles se candidatando a prefeito.
“Eu espero que seja (enviado ao Congresso) antes das eleições. É claro que não haverá uma decisão antes das eleições”, disse o presidente interino. “Pela experiência parlamentar que tive, acho que não será fácil aprovar este ano, não sei se será possível.”
De acordo com Temer, a proposta que o governo trabalha será progressiva, mas não está ainda definido o formato. “A Previdência sem dúvida será gradual, terá regras de transição. Ou faz para vigorar no futuro ou faz para que suavemente vá entrando em vigor, com um sistema de transição”, disse.