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Economia argentina encolhe pelo terceiro trimestre seguido

Entre janeiro e março, o país registrou -0,5% e entre outubro e dezembro de 2015, -0,6%; em relação ao segundo trimestre do ano passado, a retração foi de 3,4%

Economia argentina encolhe pelo terceiro trimestre seguido
Notícias ao Minuto Brasil

20:52 - 22/09/16 por Folhapress

Economia Recessão

A recessão da economia argentina se acentuou mais do que os economistas esperavam. No segundo trimestre deste ano, o PIB recuou 2,1% na comparação com o trimestre anterior, segundo levantamento do Indec (órgão equivalente ao IBGE) divulgado nesta quinta-feira (21).

Foi o terceiro trimestre consecutivo de queda na atividade econômica. Entre janeiro e março, o país registrou -0,5% e entre outubro e dezembro de 2015, -0,6%.

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a retração foi de 3,4%."O resultado nos surpreendeu. Esperávamos um recuo menor, de pouco mais de 2%", disse o economista Daniel Artana, da fundação Fiel.

Na mesma base de comparação, o investimento em máquinas e equipamentos foi o principal responsável pelo desempenho argentino, com retração de 4,9%.Para o economista Gastón Rossi, diretor do Banco Ciudad, esse é o dado que mais causa surpresa quando se considera que o presidente Mauricio Macri esperava que, após realizar os reajustes econômicos, o país seria alvo de grandes investimentos.

"A recessão era previsível devido à magnitude dos reajustes que Macri fez [que incluem unificação e desvalorização do câmbio e aumento das tarifas de serviços básicos], mas a demora nos investimentos surpreendeu o governo."As exportações argentinas recuaram -1,9% no terceiro trimestre, parte impactada pela situação econômica brasileira.

No setor industrial, o Brasil compra a metade das vendas internacionais argentinas. No período analisado, houve um recuo de 25% nas importações industriais brasileiras do país vizinho.

Economistas argentinos, porém, estimam que a economia do país já atingiu o fundo do poço e que o terceiro trimestre deste ano terá uma queda mais suave. A recuperação deverá vir entre o fim deste ano e o início do próximo, prevêem. Com informações da Folhapress.

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