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Japoneses cobram menos custos para investir no Brasil

Presidente da federação das indústrias do Japão disse esperar que o Brasil consiga aprovar reformas tributária, política, previdenciária e trabalhista

Japoneses cobram menos custos para investir no Brasil
Notícias ao Minuto Brasil

09:56 - 19/10/16 por Folhapress

Economia Condições

O presidente da federação nacional das indústrias do Japão (Keidanren), Sadayuki Sakakibara, cobrou do Brasil "um ambiente de investimento mais aberto, com redução de tarifas e custos, melhor ambiente de trabalho e infraestrutura".

Em discurso que antecedeu um almoço com o presidente Michel Temer, ministros e empresários brasileiros e japoneses no Keidanren, ele disse esperar que o Brasil consiga aprovar reformas tributária, política, previdenciária e trabalhista.Temer se reuniu com os empresários para apresentar o programa de concessões e tentar atrair investimentos japoneses.

Ao mesmo tempo, procurou assegurar o empresariado daquele país de que as condições econômicas e políticas do Brasil serão estabilizadas. Há hoje cerca de 700 empresas japonesas no Brasil e nos últimos anos houve um crescimento dos investimentos, parte deles em áreas que sofreram com a crise da Petrobras, como a indústria naval.

Entre 2003 e 2016, o Japão foi o sexto maior investidor em novos projetos (greenfield) no Brasil, com quase US$ 20 bilhões, 5,8% de todo o investimento no período.O país superou a China na aplicação de recursos em atividades produtivas brasileiras - seu rival asiático investiu US$ 15 bi.

Já os EUA, primeiro do ranking, investiram US$ 79 bilhões no Brasil, 23% do total.A maior parte do investimento japonês foi feita no setor automotivo (US$ 7 bi) e em papel e celulose (quase US$ 3 bi).

Siderurgia, logística, máquinas e equipamentos e eletrônicos também receberam recursos acima de R$ 1 bilhão entre 2003 e 2016.Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), as áreas em que pode haver maior interesse para investimento são infraestrutura e logística, terras raras (minerais usados na indústria eletrônica), lítio (usado em baterias), geração, transmissão e distribuição de energia, smartgrids (sistemas para controlar distribuição de energia, água, trânsito etc.) e defesa. Com informações da Folhapress.

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