Start-ups financeiras vão reduzir margens dos bancos, diz Setubal
Segundo o executivo, mudança no setor acontece porque essas companhias trabalham com custos menores do que grandes corporações do segmento
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Economia Revolução
O avanço das start-ups do setor financeiro, companhias iniciantes conhecidas também como fintechs, vai pressionar as margens dos bancos e obrigá-los a uma revolução interna, disse Roberto Setubal, presidente do Itaú.
Ele participou nesta quarta-feira (19) de comemoração ao primeiro aniversário do Cubo, prédio criado pelo Itaú e pelo fundo de capital de risco Redpoint eventures para abrigar companhias iniciantes e eventos de empreendedorismo.
A mudança no setor acontece porque essas companhias trabalham com custos menores do que grandes corporações do segmento, segundo o executivo.
Elas, em geral, não possuem agências nem grande infraestrutura de informação antiga, construída ao longo de décadas.
"A boa notícia é que tudo isso também está disponível para nós", disse.
Como resposta, o Itaú deverá aumentar o uso de novas tecnologias (como Big data e inteligência artificial), reduzir o número de agências e oferecer mais canais de atendimento on-line.
Como vantagem do banco em relação às novatas, Setubal aponta a grande variedade de serviços que ele consegue realizar. Enquanto uma fintech, em geral, é boa em apenas um serviço, o Itaú realiza mais de 1.000, o que traz conveniência ao cliente, afirmou.
Outra novidade trazida pelas fintechs para a qual os bancos buscam meios de se adaptar é a facilidade de uso de serviços que elas oferecem aos clientes.
Setubal disse que o banco já se movimenta para fazer isso, com novas gerações de aplicativos em desenvolvimento, por exemplo.
Segundo o executivo, o banco olha atentamente às soluções criadas por fintechs e se inspira nelas. E, se for o caso, não tem vergonha em "copiá-las humildemente", diz.
"Embora as fintechs ainda sejam muito pequenas, se não reagirmos já, o tempo acaba. E esse processo é rápido." Com informações da Folhapress.