Petrobras e Bolívia vão investir mais de US$ 1 bi em campos de gás
Em 2006, o governo boliviano nacionalizou o setor de petróleo e gás
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Economia Negócio
O governo boliviano anunciou nesta segunda (7) que a estatal local YPFB e a Petrobras assinaram acordo para investir US$ 1,2 bilhão (R$ 3,84 bilhões) na exploração de dois campos de gás no país vizinho.
A operação é parte de um pacote de quatro acordos de integração energética assinados em visita do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, à Bolívia.
O acordo com a Petrobras foi assinado em cerimônia com o presidente boliviano, Evo Morales, e tem a duração de 40 anos.
Petrobras e YPFB formarão consórcios para explorar os campos de San Telmo e Astilleros, no Departamento (o equivalente boliviano a um Estado) de Tarija.
Em San Telmo, a Petrobras terá 60% de participação e a YPFB, 40%, informou o governo boliviano. Em Astilleros, as participações são invertidas.
O ministro de Hidrocarbonetos, da Bolívia, Luis Sánchez, diz que o gás produzido nos campos permitira a extensão do contrato de fornecimento ao Brasil, que termina em 2019.
O contrato atual prevê a importação de até 30 milhões de metros cúbicos por dia.
"Se este projeto tiver êxito, poderemos produzir 14 milhões de metros cúbicos por dia. Queremos que a Petrobras fique [na Bolívia] por muitos anos", afirmou, segundo a agência oficial de informações.
Em 2006, o governo boliviano nacionalizou o setor de petróleo e gás, estatizando as refinarias da Petrobras e mudando os contratos de concessão de reservas.
Procurados, o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras ainda não se pronunciaram.
Os outros acordos referem-se a venda de gás boliviano para a térmica de Cuiabá, da J&F, a estudos para a hidrelétrica binacional do rio Madeira e um memorando de entendimentos entre e Empresa Nacional de Eletricidade da Bolívia (ENDE) e a empresa de energia LTD. Com informações da Folhapress.