Petrobras registra prejuízo de R$ 16,458 bilhões no terceiro trimestre
Perda foi de R$ 16,458 bilhões, provocada, principalmente, por nova baixa no valor de ativos
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Economia Balanço
Depois de um trimestre de alívio, a Petrobras voltou a registrar prejuízo no terceiro trimestre de 2016. A perda foi de R$ 16,458 bilhões, provocada, principalmente, por nova baixa no valor de ativos.
A baixa nos ativos soma R$ 15,7 bilhões e refere-se a efeitos no aumento do risco país, do câmbio e da postergação de alguns projetos, com relação à última avaliação feita em dezembro de 2015.
No terceiro trimestre de 2015, a estatal havia registrado prejuízo de R$ 3,759 bilhões, provocado também por baixas em valores de ativos.
"É um evento não recorrente e a Petrobras não espera que nos próximos trimestres ocorram resultados de testes de imparidade (baixas) dessa magnitude que aconteceram neste trimestre", disse o diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro.
BAIXAS
Foram baixas de R$ 5,6 bilhões em campos de petróleo, R$ 2,8 bilhões em equipamentos vinculado à atividade de produção, R$ 2,5 bilhões na refinaria de Pernambuco e R$ 2 bilhões no complexo petroquímico de Suape.
Outra provisão com impacto no resultado refere-se aos acordos negociados com fundos de investimento que acionaram a empresa na Justiça de Nova York, no valor de R$ 1,2 bilhão. Em outubro, a companhia anunciou acordo com quatro fundos para encerrar as ações.
A companhia defendeu que gerou R$ 16,4 bilhões em caixa livre, o que significa que a empresa gerou mais dinheiro do que gastou.
"Se olharmos ao longo do ano, foram quase R$ 30 bilhões em fluxo de caixa livre", disse o gerente executivo de desempenho da Petrobras, Mário Jorge da Silva "É um dinheiro que está sendo usado para pagar a nossa dívida."
Ele afirmou que, se não fossem os eventos extraordinários a empresa teria fechado o trimestre com lucro de cerca de R$ 600 milhões.
Entre janeiro e setembro de 2016, a Petrobras acumula prejuízo de R$ 17,334 bilhões, ante lucro de R$ 2,102 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Principal desafio para a gestão da atual gestão, a dívida da companhia terminou o trimestre em R$ 398,165 bilhões, ante R$ 397,760 bilhões do segundo trimestre.
A receita da estatal foi de R$ 70,443 bilhões no terceiro trimestre, contra R$ 82,238 bilhões no mesmo período de 2015. Com informações da Folhapress.