Crise: brasileiros com diploma ocupam cargos de menor qualificação
O cenário colabora para que as empresas troquem profissionais menos escolarizados por outros mais qualificados
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Economia Emprego
A crise financeira que o Brasil enfrenta tem feito com que profissionais com diploma universitário precisem ocupar empregos que não exigem uma alta qualificação como, por exemplo, faxineiro ou recepcionista.
Segundo a Folha de S. Paulo, entre as 30 profissões que mais criaram vagas para pessoas com o ensino superior completo no ano passado, 11 são funções que não exigem alta qualificação, como vendedor, auxiliar de escritório, recepcionista e assistente administrativo. Faxineiro, por exemplo, foi a sexta profissão que mais gerou vagas de emprego para pessoas com diploma.
Especialistas alegam que, durante a crise, empresas trocam profissionais menos escolarizados por outros mais qualificados. "Nas crises, os empregadores tentam pagar o menos possível e passam a exigir mais qualificação", afirma o economista Anselmo Luís ao jornal.
Embora a situação não seja positiva, a economista Fernanda Estevan diz que ainda é muito cedo para dizer que esses profissionais perderam tempo ao se dedicar ao ensino superior.
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