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Norma para mudança no rotativo do cartão sairá em breve, afirma BC

Em dezembro, o governo anunciou que usuários de cartão de crédito não poderão passar mais de 30 dias no rotativo

Norma para mudança no rotativo do cartão sairá em breve, afirma BC
Notícias ao Minuto Brasil

21:07 - 19/01/17 por Folhapress

Economia Crédito

O Banco Central vai divulgar em breve uma norma para transformar o crédito rotativo. Cartões de crédito estiveram na pauta do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que se encontrou com representantes de empresas do setor e banqueiros durante sua passagem por Davos.

A ideia é mexer no crédito rotativo no segundo mês e no crédito parcelado.

"A intenção da norma é elevar a queda dos juros", acrescentou em entrevista coletiva ao encerrar sua participação no Fórum Econômico Mundial, nesta quinta-feira (19).

Para Ilan, o sistema hoje cresce, mas "tem muitos subsídios cruzados, uma parte paga pela outra".

Em dezembro, o governo anunciou que usuários de cartão de crédito não poderão passar mais de 30 dias no rotativo, linha emergencial utilizada por quem não consegue pagar o valor integral da fatura.

Depois desse prazo, o cliente terá a dívida automaticamente parcelada.

A medida depende de regulamentação no CMN (Conselho Monetário Nacional).

Indagado sobre a possibilidade de acabar com o parcelamento sem juros, Ilan afirmou que "não adiantam medidas. Não quer dizer que vai acabar, só gostaríamos que uma parte não subsidiasse a outra".

IPCA-15

O resultado do IPCA-15 de janeiro, que veio com alta de 0,31% -abaixo da expectativa e a menor taxa do mês desde 1994-, confirmou o cenário que justificou o corte de 0,75 ponto percentual nos juros, para 13% ao ano, na mais recente reunião do Copom.

"O IPCA-15 faz parte desse cenário com que estávamos trabalhando na ata [do Copom] e no comunicado. Confirma nosso cenário-base [de desinflação]", disse.

O "novo ritmo" -como classificou Ilan- de queda de 0,75 ponto percentual da taxa Selic não é tão novo, lembrou.

"Tudo o que falamos aqui já estava na ata, não houve mensagem adicional. O parágrafo 22 trazia o estabelecimento do novo ritmo."

O presidente do BC reiterou "que esse ritmo pode mudar e o tamanho da flexibilização vai continuar dependendo da inflação e de fatores de risco".

Quanto à tendência de rolagem integral de swaps (que equivalem à venda de dólar no mercado futuro) em fevereiro, Ilan afirmou que "a princípio, sim, [deve ser mantido o volume], "mas nos reservamos o direito de mudar a qualquer momento. Pode ser nas próximas duas semanas, em dois meses, seis meses."

O Banco Central fará um seminário com ex-presidentes do BC, bancos e economistas em fevereiro sobre o custo do crédito.

"Vamos abrir a discussão sobre o spread bancário, sobre todos os juros da economia".Com informações de Maria Cristina Frias para a Folhapress.

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