Segunda maior da UE, dívida pública italiana volta a crescer
Débito do país superou a marca de 2,2 trilhões de euros em 2016
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Economia Retração
A já elevada dívida pública italiana voltou a crescer em números absolutos em 2016 e fechou o ano em 2,217 trilhões de euros, um aumento de 45 bilhões em relação a 2015.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Banco da Itália - banco central do país europeu - e indicam uma expansão também em valores relativos.
Na comparação com o ano passado, o crescimento da dívida em 2016 foi de 2,07%, enquanto a alta do Produto Interno Bruto (PIB) para o período é estimada em 0,9% - a cifra definitiva será anunciada em 1º de março.
Em 2015, a relação entre dívida e PIB havia sido de 132,3%, mais que o dobro do limite de 60% previsto pelo Pacto de Estabilidade da União Europeia. Em todo o bloco, a Itália só fica atrás da Grécia (177,4%). Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que o débito elevado é o que impossibilita Roma de reduzir impostos.
A dívida pública também impede que o país adote medidas mais efetivas de incentivo ao crescimento, em um momento em que sua economia ainda patina para sair da crise. Além disso, a península tem desembolsado bilhões de euros para lidar com questões emergenciais, como a série de terremotos iniciada em 24 de agosto de 2016 e a crise migratória.
Segundo o Banco da Itália, o aumento registrado no ano passado é reflexo do crescimento das necessidades do setor público e do incremento da liquidez do Tesouro. De acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a dívida italiana deve ter uma ligeira redução em 2017, enquanto seu PIB deve crescer 1%. (ANSA)
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