Crise obriga cidades brasileiras a cancelar carnaval
Pelo menos 37 eventos carnavalescos foram cancelados ou tiveram verba reduzida
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Economia adeus, folia
A crise econônima que assola no país afetou, em cheio, as festividades carnavalescas. Em algumas regiões, não haverá as tradicionais festas de Momo. Já em outras, o folião pode até comemorar, mas a verba pública disponibilizada para pelo menos 37 eventos foi reduzida ou cancelada, segundo levantamento da Folha de S. Paulo.
De acordo com a pesquisa feita pela reportagem, 13 estados foram afetados pela falta de investimento financeiro. Entre eles estão São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Pernambuco. O tradicional Carnaval de Marchinha de São Luiz do Paraitinga, no interior paulista, teve que dar adeus, pelos menos neste ano.
Um comunicado da prefeitura afirmou que a dívida do município vai além do dinheiro gasto no carnaval do ano passado. "Faltam ambulâncias, equipamentos e medicamentos nos postos de saúde e na Santa Casa de Misericórdia. Também existem dívidas de INSS com o funcionalismo público".
Quem tambem sofreu com a recessão econômica pelo segundo ano consecutivo foi Batatais, também no interior de São Paulo. O mesmo ocorre em Minas Gerais. Ao menos oito cidades cancelaram a folia, como Pouso Alegre e Patos de Minas e, no Rio, outras sete seguiram o mesmo caminho.
No Nordeste, região famosa pela irreverência das festas carnavalescas, o cenário se repete. Na Bahia, na cidade de Barreiras, onde ocorre o maior carnaval do Oeste do estado, a alegria não será a mesma neste ano. "Achamos prudente não gastar dinheiro com festas enquanto durar o decreto de emergência", disse o prefeito Zito Barbosa (DEM).
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