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Falta de chuvas pode levar ao aumento do uso de termelétricas

A conclusão é do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)

Falta de chuvas pode levar 
ao aumento do uso de termelétricas
Notícias ao Minuto Brasil

10:43 - 12/03/17 por Folhapress

Economia Energia

A falta de chuvas poderá levar ao aumento do uso de usinas termelétricas, significando uma elevação no custo da geração de energia nos próximos meses. A conclusão é do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), que se reuniu nesta quarta (8), em Brasília. No entanto, o grupo decidiu, no momento, não acionar usinas térmicas adicionais. As informações são da Agência Brasil.

A energia produzida por termelétricas é mais cara do que a gerada pelas hidrelétricas, por exemplo. Quando usinas térmicas mais caras têm que ser usadas para garantir o suprimento de energia para o país, são acionadas as bandeiras tarifárias amarela e vermelha, que significam um adicional na tarifa de energia dos consumidores.

Durante a reunião, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) destacou que não há previsão de fortes chuvas nos próximos 30 dias nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional. Conforme avaliação do ONS, o risco de deficit de energia em 2017 é igual a 0,3% e 0,0%, para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.

SOBRADINHO

Na reunião, o ONS sugeriu recomendar aos órgãos competentes nova redução na vazão do reservatório de Sobradinho, para preservação dos estoques armazenados e garantia da segurança hídrica da região. Atualmente, a vazão mínima está em 700 metros cúbicos por segundo.

Para o CMSE, os reservatórios da região têm papel fundamental na mitigação dos riscos de indisponibilidade e de baixa qualidade da água aos usuários do Rio São Francisco, principalmente em situações de escassez como a atual. Segundo o comitê, o atendimento eletroenergético no Nordeste está garantido a partir de outras fontes de geração e pelo Sistema Interligado Nacional.

HORÁRIO DE VERÃO

O CMSE também definiu que o Ministério de Minas e Energia e o ONS vão aprofundar os estudos sobre o impacto do horário de verão no sistema elétrico brasileiro, considerando as mudanças no perfil e na composição da carga. Segundo o governo, na edição de 2016/2017, o horário de verão possibilitou uma economia de R$ 159,5 milhões, decorrentes da redução do acionamento de usinas térmicas durante o período de vigência da medida.

RORAIMA

O grupo de trabalho criado pelo CMSE na última reunião para avaliação do suprimento de energia elétrica a Roraima informou que irá analisar alternativas que contribuam para aumentar a confiabilidade, a segurança e a eficiência do suprimento de energia à região de Roraima, no curto, médio e longo prazos. Serão analisadas opções de expansão da geração na região, para reduzir ou até mesmo substituir geração a diesel, incluindo avaliação de fontes eólica, biomassa, solar e hidrelétrica.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico tem o objetivo de acompanhar a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético no país. Participam do grupo representantes de órgãos como o Ministério de Minas e Energia, o ONS, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Com informações da Folhapress.

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