Funcionários da Alitalia farão nova greve no dia 5 de abril
A decisão, anunciada nesta sexta-feira (17), é uma forma de protestar contra a demissão de cerca de dois mil empregados que trabalham em funções da empresa "em terra" neste ano
© Reuters
Economia Companhia aérea
Um dia após a direção da Alitalia apresentar seu plano de reestruturação aos sindicatos, as entidades decidiram fazer uma greve única de 24 horas de todos os funcionários da empresa no dia 5 de abril.
A decisão, anunciada nesta sexta-feira (17), é uma forma de protestar contra a demissão de cerca de dois mil empregados que trabalham em funções da empresa "em terra" neste ano.
Segundo Claudio Tarlazzi, diretor de um dos sindicatos que representam os trabalhadores, o Uiltrasporti, essa foi "a única data possível" para a paralisação. No entanto, no dia 20 de março, haverá uma greve dos controladores de voos italianos que deve reduzir em 40% os voos da companhia italiana entre às 13h e às 17h (hora local).
Apesar de se comprometer a contratar cerca de 500 assistentes de voos e pilotos em 2019 e de adquirir nove aviões para viagens de longa distância no mesmo ano, os sindicatos lutam para manter o máximo de empregos possíveis na companhia. Além das demissões, fontes informam que os funcionários da Alitalia devem sofrer cortes entre 22% e 32% nos salários.
"As medidas relativas ao pessoal são dolorosas, mas necessárias, junto à redução dos custos operacionais, para estabilizar a situação financeira da companhia e garantir a sustentabilidade de longo prazo", disse o CEO da Alitalia, Cramer Ball.
O CEO ainda acrescentou que "junto aos sindicatos e com o apoio do governo italiano, trabalharemos - como é justo e necessário - para buscar uma maneira de reduzir o máximo possível o impacto social do plano de pessoal envolvido".
No dia 23 de fevereiro, os funcionários da Alitalia também fizeram uma greve de 24 horas, que causou o cancelamento de 60% dos voos nacionais e internacionais programados para aquele dia.
A crise na companhia aérea ocorre após a Alitalia ter ficado à beira da falência há dois anos, quando 49% das ações da empresa terem sido compradas pela árabe Etihad Airways. Os outros 51% pertencem à holding Compagnia Aerea Italiana (CAI). Com informações da ANSA.