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Construção civil em crise: prédios comerciais estão vazios em SP e RJ

Além da crise econômica, excesso de ofertas seria um dos principais motivos para alto percentual de imóveis comerciais não ocupados nas cidades

Construção civil em crise: prédios comerciais 
estão vazios em SP e RJ
Notícias ao Minuto Brasil

16:14 - 02/04/17 por Notícias Ao Minuto

Economia Cartões postais

A quantidade de imóveis vazios nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro atingiu patamar recorde, conforme revelaram indicadores de consultorias e empresas de pesquisa imobiliária corporativa.

De acordo com monitoramento da Buildings, o percentual de imóveis comerciais não ocupados saltou de 3,56% em 2010 para 17,47% em 2016. Isto se deve, principalmente, ao prolongamento da crise econômica e ao grande número de novos empreendimentos.

Nos prédios comerciais de alto padrão o prejuízo é ainda maior. 23,42% estavam desocupados ao final de 2016 em SP e 38,33% no Rio.

O G1 cita que diversos novos "cartões postais" das cidades estão desocupados, como o Pátio Victor Victor Malzoni (o da casa bandeirista), que fica a um quarteirão na Avenida Faria Lima e foi anunciado na sua inauguração em 2012 como mais caro de SP. Outro edifício é a Tower Bridge, próximo à Ponte Estaiada, o complexo corporativo do shopping JK Iguatemi, no Itaim, e a Torre Sul do São Paulo Corporate Towers, também no Itaim.

A reportagem tentou falar com os proprietários ou administradores dos empreendimentos, mas eles não quiseram comentar.

O IBGE divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil caiu 5,2% em 2016, o que contribuiu para a pior recessão da história do Brasil. No ano anterior o setor já havia recuado 6,5%.

"O setor imobiliário tem enfrentado uma situação sem precedentes de devolução de imóveis, com penalidades aplicadas aos incorporadores que, neste momento, colocam em pausa qualquer programa de novos investimentos que possibilitam retomada da atividade econômica e do emprego no curto prazo", contou Emílio Fugazza, diretor financeiro e de relação com investidores da Eztec.

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