Ações da Azul fecham na estreia com ganho de 6,67%; Gol dispara
A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Azul foi precificada nesta segunda-feira (10) a R$ 21 por ação
© Reuters / Paulo Whitaker
Economia Setor
No mesmo dia em que as ações da Azul estrearam na Bolsa, o governo anunciou que vai permitir, por medida provisória, a abertura de 100% do capital das companhias aéreas brasileiras ao investimento estrangeiro.
Como consequência, as ações PN (preferenciais) da Azul chegaram a subir mais de 9% no início da sessão, mas fecharam o pregão desta terça-feira (11) com ganho de 6,67%, a R$ 22,40 cada. Os papéis preferenciais da rival Gol subiram 6,63%, a R$ 10,30.
Atualmente, estrangeiros só podem ter até 20% de uma empresa aérea. "A medida vem como uma tentativa de garantir mais competitividade, e destravar investimentos para o setor, além de buscar novos investidores com aptidão para investir em companhias aéreas no Brasil", escrevem analistas da Guide Investimentos, em relatório.
A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Azul foi precificada nesta segunda-feira (10) a R$ 21 por ação.
Incluindo a oferta primária (ações novas) e secundária (de papéis detidos pelos sócios da companhia), a operação movimentou 96,2 milhões de ações, totalizando cerca de R$ 2 bilhões.
Os papéis estão listados no Nível 2 de governança corporativa da Bolsa, sob o código "AZUL4".
"A demanda de papéis da Azul por investidores estrangeiros foi forte, demonstrando o apetite pelo setor", afirma o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos.
"Especificamente sobre a Gol, os dados operacionais da companhia aérea em março foram positivos e colaboraram para a alta dos papéis", afirma.
A Gol informou nesta segunda-feira (10) que a demanda por voos no mercado doméstico aumentou 13,2% no mês passado ante mesmo março de 2016. Já a oferta subiu 6,8%. A taxa de ocupação ficou em 76,9%, aumento de 4,3 pontos percentuais em um ano.
Somente neste ano, as ações da Gol já subiram cerca de 123%. Com informações da Folhapress.