Governo Trump quer manter poder no Banco Mundial e no FMI
"Os EUA continuarão a liderar questões de importância mundial e, portanto, continuarão a ser um dos principais doadores dos bancos", disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos
© Carlos Barria / Reuters
Economia Secretário
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta quarta-feira que, apesar dos planos de reduzir as contribuições para o Banco Mundial e outras instituições multilaterais, o governo de Donald Trump ainda planeja preservar o poder de Washington nelas, como uma ferramenta crítica para a política externa americana.
"Os EUA continuarão a liderar questões de importância mundial e, portanto, continuarão a ser um dos principais doadores dos bancos multilaterais de desenvolvimento, uma vez que nossa economia é a maior do mundo", disse Mnuchin, em um discurso preparado para ser lido em um comitê da Câmara dos Representantes.
A fala do secretário foi uma clara indicação de que o governo Trump não pretende abandonar seu poder de veto nas duas principais instituições de crédito globais, nem abdicar de seu poder nelas. No entanto, disse Mnuchin, a administração está usando sua proposta de orçamento para informar instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), de suas pretensões.
"O pedido de orçamento relativo à área internacional deve enviar uma mensagem de que as instituições financeiras internacionais precisam operar de forma mais eficiente", afirmou. Isso pode significar cortes além da redução proposta de 15% no financiamento prometido para uma unidade chave de empréstimos do Banco Mundial. "Vamos preservar investimentos onde eles fazem sentidos, mas devemos equilibras as prioridades para financiar outras partes do governo", acrescentou. Com informações do Estadão Conteúdo.