Desembolsos do BNDES caem 16,6% no primeiro semestre deste ano
Indicador é a última ponta do processo de tomada de crédito com o banco
© DR
Economia Recurso
Os desembolsos do BNDES, indicador que mede o volume de recursos que o banco efetivamente emprestou, ficaram em R$ 33,4 bilhões no primeiro semestre do ano passado, uma queda de 16,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o volume foi de R$ 40,2 bilhões.
O banco registrou quedas dos desembolsos em três das quatros áreas econômicas cobertas. A exceção ficou por conta da agropecuária, que recebeu R$ 6,8 bilhões de janeiro a junho deste ano, o que representou alta de 3,4% em relação ao apurado no primeiro semestre de 2016.
+ Montadoras convocam recall; veja se o seu veículo está na lista
A indústria, que somou R$ 6,9 bilhões, segue em queda, de 41%, no volume de reembolsos nos seis primeiros meses deste ano. O setor de infraestrutura teve recuo de 6,4%, ao atingir R$ 12,1 bilhões. Comércio e serviços, o setor que mais emprega no país, registrou queda de 12,8% no primeiro semestre, quando foram desembolsados pelo banco R$ 7,5 bilhões.
O desembolso é a última ponta do processo de tomada de crédito com o BNDES. A primeira fase, de consultas, que é quando os empresários enviam ao banco suas propostas de pedidos de empréstimos, é tido como um termômetro do apetite do empresariado por investimentos.
Também nesse indicador houve queda, de 14,6% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado -foram R$ 56,3 bilhões em consulta na primeira metade de 2016 contra R$ 48,1 bilhões. No ano passado todo, o volume de consultas foi de R$ 110 bilhões.
Houve queda também, de 12,6%, nos enquadramentos, que é quando a empresa preenche os pré-requisitos do banco para receber empréstimos daquele tipo de programa. Houve um total de R$ 43,3 bilhões em enquadramentos no primeiro semestre, contra R$ 49,8 bilhões.
As aprovações do banco, o penúltimo estágio antes da concessão do empréstimos propriamente dita, caíram 26,1%, ao atingirem R$ 32,1 bilhões, contra R$ 43,5 bilhões dos seis primeiros meses de 2016. Com informações da Folhapress.