Dólar cai para R$ 3,13 e Bolsa sobe 0,3% com política de volta ao radar
A Bolsa brasileira teve alta de 0,34%, para 65.497 pontos -o avanço na semana foi de 1,26%
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Economia Mercado financeiro
A crise política volta, aos poucos, ao radar dos investidores, e a volatilidade já pôde ser sentida nesta sexta-feira (28) no mercado cambial e na Bolsa brasileira. O dólar fechou cotado a R$ 3,13, enquanto o mercado acionário conseguiu terminar o dia em terreno positivo.
O dólar comercial teve queda de 0,66%, para R$ 3,135. Na semana, se desvalorizou 0,25%. Já o dólar à vista recuou 0,26%, para R$ 3,144. A queda semanal foi de 0,49%.
A Bolsa brasileira teve alta de 0,34%, para 65.497 pontos -o avanço na semana foi de 1,26%.
Os temas políticos voltam a fazer parte do noticiário acompanhado pelos investidores. Nesta sexta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que haverá quórum para votar a denúncia criminal contra o presidente.
"Passamos boa parte da semana mirando em Fed [banco central americano] e Copom [comitê de política monetária do BC]. Agora já começamos a olhar a volta do Congresso, a crise política e o que vão decidir sobre a meta de deficit fiscal, se vão revisar, se vão aumentar impostos para cumprir", diz Alvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.
Segundo ele, o mercado mostra resistência a quedas mais expressivas. "A situação engrossa do lado político, complica do lado econômico, e a Bolsa não sai do lugar.
Já está precificado para o que tem de notícias e de análises em termos de economia local", ressalta.
O mercado também avaliou dados de crescimento da economia americana, que acelerou no segundo trimestre, mas ainda abaixo do esperado por analistas.
O resultado provocou enfraquecimento do dólar no mercado cambial. Das 31 principais divisas, 18 se valorizaram ante a moeda americana.
Aqui, o Banco Central terminou de rolar o lote de contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) que vencem em agosto. O BC vendeu 7.500 contratos nesta sexta.
O CDS (Credit Default Swap), espécie de termômetro de risco do país, recuou 0,32%, para 214,1 pontos.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados encerraram o dia com taxas mistas. As taxas de janeiro de 2018 recuaram de 8,280% para 8,260%. O contrato para janeiro de 2019 caiu de 8,140% para 8,090.
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Já os contratos mais longos tiveram alta dos juros. O vencimento em janeiro de 2023 avançou de 9,890% para 9,920%.
AÇÕES
Os papéis da Estácio subiram 14,78%, impulsionados pelo balanço da empresa. A companhia teve lucro líquido de R$ 166,3 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de quase R$ 20 milhões de um ano antes.
As ações mais negociadas da mineradora Vale subiram 2,05%, para R$ 28,38. Os papéis com direito a voto avançaram 2,15%, para R$ 30,34. A alta ocorreu apesar da queda de 2,09% dos preços do minério de ferro no exterior.
Os papéis da Petrobras também subiram nesta sessão, acompanhando a valorização dos preços do petróleo no exterior. As ações preferenciais subiram 1%, para R$ 13,13. As ações ordinárias subiram 0,22%, para R$ 13,64.
As ações da JBS fecharam em baixa de 2,91% e devolveram parte da valorização registrada nos três dias anteriores.
As units -conjunto de ações- do Santander Brasil recuaram 1,8%. O banco divulgou nesta sexta o resultado de seu segundo trimestre, com lucro 29,3% superior ao do mesmo período de 2016.
Ainda no setor financeiro, Itaú Unibanco subiu 0,38%. Os papéis preferenciais do Bradesco avançaram 0,13% e os ordinários tiveram alta de 1,02%. O Banco do Brasil caiu 0,10%. Com informações da Folhapress.