Meteorologia

  • 02 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Patriarca dos Batistas abatia gado em campo aberto nos anos 1950

Nos últimos anos, José Batista Sobrinho, 84, estava distante do processamento de carnes, voltado mais para a pecuária

Patriarca dos Batistas abatia gado em campo aberto nos anos 1950
Notícias ao Minuto Brasil

06:40 - 18/09/17 por Folhapress

Economia JBS

José Batista Sobrinho, 84, começou a comprar e vender gado nos anos 1950, em Anápolis (GO), onde ganhou o apelido de Zé Mineiro.

Ele iniciou as operações de abate de bois no município, em 1953: um animal por dia.

Pouco tempo depois, Zé Mineiro passou a ser o fornecedor de carne para toda Anápolis, que à época consumia de 25 a 30 bois diariamente. Os abates passaram a ocorrer no abatedouro municipal.

Em 1957, o movimento de construção de Brasília atraiu o jovem empresário que, sem condições de montar um abatedouro, matava os animais em campo aberto mesmo.

+ Com preços salgados, consumo na Cidade do Rock chega a R$ 300

Zé Mineiro aproveitou o incentivo de Juscelino Kubitschek, que dava quatro anos livres de isenção fiscal a fornecedores, para ampliar sua atividade na nova capital.

Passou a fornecer às empresas que atuavam na construção da cidade, mantendo o fornecimento até 1966. A partir daí, as coisas mudaram, inclusive com a chegada de carne de fora da região de Brasília e a exigência de frigorífico com SIF (Serviço de Inspeção Federal). Zé Mineiro comprou o seu primeiro frigorífico com SIF em 1969, em Formosa (GO).

"Daí para a frente, a coisa foi acontecendo e a meninada cresceu e foi tomando conta", disse o empresário em entrevista à Folha de S.Paulo em 2012.

José Batista Júnior, filho mais velho, assumiu o frigorífico de Formosa, enquanto Wesley Batista, então com 15 anos, assumia outro em Luziânia (GO), que abatia 260 cabeças por dia.

O passo seguinte foi um frigorífico em Anápolis: 1.200 bois por dia. Depois vieram Barra do Garças (MT), Goiânia (GO) e muitos outros.

No início dos anos 2000, a empresa abatia cerca de 6.000 animais diariamente, capacidade ampliada poucos anos depois com a ajuda do BNDES, de onde saiu o suporte financeiro para a compra de vários frigoríficos.

Em 2005, a empresa passou a se chamar JBS (iniciais do nome de Zé Mineiro) e iniciou a internacionalização, com a compra da Swift Argentina. Em 2006, com 21 unidades no Brasil e 6 no exterior, a JBS tinha capacidade para abater 22 mil animais por dia.

Em 2007, abriu capital e continuou as aquisições internas e externas. Comprou a Swift & Company nos Estados EUA e na Austrália e entrou no segmento de carne suína.

Em 2009, a empresa surpreendeu o país com dois negócios: a incorporação do Bertin Ltda., o segundo maior frigorífico do país, e a entrada no segmento de lácteos. Ao mesmo tempo, comprou a americana Pilgrim's Pride, que permitiu sua entrada no segmento de frangos no mercado dos EUA.

Nos últimos anos, Zé Mineiro estava distante do processamento de carnes, voltado mais para a pecuária -um serviço mais calmo, apesar de ainda cumprir expediente na empresa diariamente. Com informações da Folhapress.

Campo obrigatório