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Desemprego e crise fiscal são os maiores riscos para negócios em 2017

Pesquisa foi respondida por 12.411 executivos em 136 países

Desemprego e crise fiscal são os maiores riscos para negócios em 2017
Notícias ao Minuto Brasil

15:01 - 24/09/17 por Notícias Ao Minuto

Economia Economia Brasileira

O desemprego, as crises fiscais e o fracasso do governo em garantir estabilidade econômica são os principais problemas que empresas do mundo inteiro enfrentam atualmente, ao mesmo tempo em que os riscos cibernéticos ganham cada vez mais importância, revela recente pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial. Os dados são da Pesquisa Executive Opinion do WEF, que aporta uma visão única a respeito das condições do mundo dos negócios. O estudo solicitou aos entrevistados que identificassem os cinco maiores riscos para a prática de negócios em seus respectivos países. A pesquisa foi realizada entre fevereiro e junho de 2017 e respondida por 12.411 executivos em 136 países.

Riscos globais de maior preocupação

As respostas dos executivos identificaram riscos econômicos, geopolíticos, sociais e tecnológicos entre os mais ameaçadores para seus negócios nos próximos 10 anos.

John Drzik, presidente da Marsh Global Risk & Digital explica que “Enquanto a recuperação da fragilidade da economia global continua sendo a principal preocupação para executivos de todo o mundo, os riscos cibernéticos e outros relacionados à tecnologia têm ganhado significativa importância, visto que ameaçam a capacidade de empresas de operar. Líderes empresariais de vários países listam hoje os riscos cibernéticos como um dos principais de sua lista. As empresas precisam analisar rigorosamente como estas ameaças podem impactar suas operações e tomar as medidas necessárias e apropriadas para ganhar resiliência e mitigar estes riscos”.

Avanço dos Riscos Cibernéticos e outros riscos associados à tecnologia

John Scott, Chief Risk Officer, Commercial Insurance da Zurich, comenta o seguinte acerca dos resultados da pesquisa: “Embora o crescimento econômico e os avanços tecnológicos tenham trazido novas oportunidades às empresas e países, os riscos e incidentes geopolíticos trazem incertezas e provocam dúvidas acerca de como gerenciar a resiliência em tempos tão difíceis. É essencial que as empresas tenham estratégias claras de gerenciamento de riscos, desenvolvam opções para estruturas legais e escolhas operacionais que levem em consideração resultados muitas vezes incertos em suas apólices. É frustrante e exaustivo, mas este é o tipo de pensamento estratégico necessário para lidar com as incertezas atuais e ganhar resiliência diante dos riscos que podem surgir dos mais diferentes cenários. Analisando os resultados da pesquisa, vemos que os executivos têm claramente focado suas energias nos riscos econômicos e sociais para o médio prazo, mas ao mesmo tempo não devem subestimar o potencial impacto dos riscos tecnológicos e ambientais”.

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Desde 2006, o World Economic Forum traz uma análise global da evolução do cenário de risco através do relatório que tornou-se sua marca – o Global Risk Report, produzido a cada ano em colaboração com os parceiros estratégicos do WEF, a Marsh & McLennan Companies (MMC) e Zurich Insurance Group (Zurich). A próxima edição do Global Risk Report será lançada em janeiro de 2018.

Percepção dos riscos por regiões

Executivos em diversas regiões destacaram o desemprego ou o "subemprego" e as "crises fiscais" como os dois maiores riscos hoje, mas, líderes de negócios na América do Norte, no Leste Asiático e no Pacífico mostraram-se mais preocupadas com ataques cibernéticos e bolhas de ativos. Devido ao aumento do risco geopolítico, às vezes alimentado por políticas protecionistas, líderes empresariais na Europa, Ásia do Sul, América Latina e Caribe, e a África Subsaariana estão mais preocupados com o potencial fracasso da governança nacional.

Na Europa, os líderes empresariais acrescentaram "falha de mecanismos ou instituições financeiros", à lista dos riscos que mais os preocupam. No sul da Ásia, o crescimento rápido nos centros urbanos levou os executivos dessa região a destacarem o "fracasso do planejamento urbano" e o "fracasso da infraestrutura crítica", como as principais ameaças para seus negócios.

Os riscos associados ao "fracasso da adaptação às alterações climáticas" suscitaram pouca preocupação embora provavelmente representem uma das ameaças mais sensíveis para os próximos 10 anos. Das 20 economias consultadas, somente a canadense apontou o risco climático como uma de suas maiores preocupações, embora ainda o classificando mais abaixo que outros riscos. A ameaça de potenciais atentados terroristas preocupou executivos na América do Norte, Oriente Médio e África do Norte, mas não conseguiu chegar ao ranking dos cinco maiores riscos entre as empresas de outras regiões.

Para Eugenio Pascoal, CEO da Marsh Brasil e Chairman da Marsh & McLennan Companies no Brasil, a pesquisa orienta as lideranças políticas e empresariais em suas decisões estratégicas, uma vez que os indicadores e análises aportam uma visão macro e local não só dos riscos, mas também da alternância destas ameaças num mundo em constante transformação, em todas as esferas, seja ela política, econômica, social e tecnológica. “São indicadores e dados que reúnem uma inteligência de tendências diferenciada e poderosa para orientar as empresas nas melhores estratégias de gerenciamento dos múltiplos riscos”, ressalta o executivo.

Percepção de risco Brasil

  1. Crise fiscal
  2. Desemprego ou subemprego
  3. Falhas na governança nacional
  4. Falhas na infraestrutura
  5. Crise ou colapso do Estado
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