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Eventual falência da Oi deixaria mais de 2 mil municípios sem sinal

Serviços de telefonia e internet seriam afetados em pelo menos 37% das cidades do país

Eventual falência da Oi deixaria mais de 2 mil municípios sem sinal
Notícias ao Minuto Brasil

05:00 - 23/10/17 por Notícias Ao Minuto

Economia Crise

Mais de dois mil municípios do país teriam serviços de telecomunicação cortados caso a Oi, que está em crise, entre em falência. De acordo com reportagem do jornal O Globo, 37% do total de cidades do país dependem dos serviços da empresa para acesso a telefonia fixa, celular e internet. Neste cenário, 46 milhões de linhas de celular, 14 milhões de telefones fixos e cinco milhões de pontos de acesso à banda larga seriam afetados.

As informações constam em documento do governo sobre a crise da concessonária. “2.051 municípios estão em risco de apagão imediato dos serviços de voz e dados”, diz trecho do texto.

Para evitar o cenário, A Advocacia-Geral da União (AGU) lidera negociações entre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Justiça e possíveis investidores para encontrar uma solução conjunta entre credores e Conselho de Administração.

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O documento alerta, ainda para a alta dependência da rede da Oi para que concorrentes, como Vivo, Claro e TIM, forneçam servicos. "Praticamente todo o tráfego telefônico do Brasil, exceto no Estado de São Paulo, passa pela rede da Oi. O mais preocupante, porém, é o nível de dependência das outras empresas Brasil afora. Todas as teles dependem da Oi em algum grau. Assim, um problema na Oi afetaria não só os seus clientes, mas também os de outras empresas que alugam a rede da Oi e dependem da infraestrutura da concessionária para oferecer os serviços de voz e dados", explica fonte do governo.

A crise na concessionária começou quando a tele comprou a Brasil Telecom (BrT) em 2010. Com o negócio, a dívida da Oi aumentou, após a descoberta de passivos bilionários relativos à BrT. Em 2014, se uniu a Portugal Telecom e herdou rombo bilionário, em euros. A empresa está em recuperação judicial desde junho de 2016, com débitos de cerca de R$ 64 bilhões.

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