Combustíveis agora seguem cotações internacionais
Os preços de gasolina, diesel e gás de botijão tiveram alta expressiva desde que a empresa alterou sua política de reajustes, em 4 de julho
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Economia Preços
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça (24) que a alta recente dos preços dos combustíveis é uma reação à variação das cotações internacionais. Os preços de gasolina, diesel e gás de botijão tiveram alta expressiva desde que a empresa alterou sua política de reajustes, em 4 de julho.
"Dizer que a Petrobras fixa preços dos combustíveis é uma ideia que não corresponde à realidade. A Petrobras reage aos preços de mercado", disse Parente, em entrevista durante a edição brasileira da feira OTC (Offshore Technology Conference).
Ele citou o aumento das alíquotas de PIS/Cofins promovido pelo governo no fim de julho e os impactos do furacão Harvey em refinarias americanas como fatores externos que levaram à alta.
Desde o final de junho, o preço da gasolina nas bombas subiu 11,5%, ou R$ 0,40 por litro, para R$ 3,88 na semana passada, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Já o diesel era vendido a R$ 3,22 na semana passada, um aumento de 8% (ou R$ 0,24) no mesmo período.
Nos dois casos, a área técnica da empresa foi autorizada a realizar reajustes diários para tentar frear a competição com produtos importados por terceiros. Já a política de reajustes do gás de botijão foi alterada em junho, com a realização de reajustes mensais. Desde então, o preço nas refinarias da empresa subiu 47,6%.
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Nos últimos meses, o gás de botijão passou a ser um dos vilões da inflação, devido às altas sucessivas promovidas pela empresa em resposta ao aumento das cotações internacionais. Questionado sobre a possibilidade de novos aumentos, Parente disse que é difícil prever o comportamento de preços, mas há hoje estabilidade nas cotações, em torno de US$ 56 ou US$ 57 por barril.
ATIVOS
Parente reforçou que a empresa mantém a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até o final de 2018 e disse que as liminares que hoje questionam operações "podem atrasar, mas não impedem" as operações.
Atualmente, ações na Justiça e questionamentos do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) atingem negociações que equivalem a 40% do valor já arrecadado pela Petrobras em seu plano de desinvestimentos.
Parente disse que espera concluir "o mais rápido possível" a venda de ações da BR. A estatal já deu entrada nos pedidos para lançar até 40% das ações no mercado. Com informações da Folhapress.