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Aliados usam tática do impeachment para sondar reforma da Previdência

Segundo Maia, votação pode ficar para 2018

Aliados usam tática do impeachment para sondar reforma da Previdência
Notícias ao Minuto Brasil

15:51 - 28/11/17 por Folhapress

Economia Câmara

Aliados do Palácio do Planalto querem adotar a mesma estratégia usada no impeachment da então presidente Dilma Rousseff para verificar as chances reais de se aprovar a reforma da Previdência.

Parlamentares propuseram que se monte um time de 30 deputados para que cada um fale com uma média de dez colegas. A ideia é verificar a intenção de voto e os "problemas" que incomodam os votantes.

"Se não pegar na unha, não adianta", diz o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos defensores da estratégia.

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Mansur, que é um dos mais aguerridos defensores do governo Michel Temer e faz tabelas de intenções de votos em matérias cruciais para o Planalto, disse ainda não ter retomado suas planilhas. Quer antes ter um termômetro do plenário da Câmara.

Sob condição de anonimato, um parlamentar que faz a ponte entre o Palácio do Planalto e o Congresso disse que o governo contabiliza hoje entre 230 e 240 votos a favor da reforma da Previdência.

A projeção mais otimista no Planalto é de 275 votos.

Como se trata de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), são necessários 308 votos para aprovar o texto.

Um outro deputado, que também falou sob condição de anonimato, disse que é preciso conversar com cada parlamentar porque entende que os líderes partidários não estão repassando o cenário real de suas bancadas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia estabelecido o dia 6 de dezembro como data para votar a PEC em primeiro turno.

Nesta segunda-feira (27), em São Paulo, Maia disse que a reforma pode ficar para 2018.

Nesta terça-feira (28), o líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), disse que o partido está terminando um documento com propostas de alteração das regras da Previdência em relação a aposentadoria por invalidez permanente e regras de transição para servidores públicos.

"Há um início de negociação. O relator [deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA)] está disposto a receber este material. O PSDB tem interesse em ajudar nas reformas", afirmou Tripoli.

O deputado tucano negou que a apresentação das propostas tenham viés populista e eleitoral.

"Não há preocupação com a questão eleitoral", afirmou.

Para Tripoli, a incorporação das sugestões do PSDB "amplia muito o número de votos na bancada", que tem 46 deputados. Com informações da Folhapress.

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