Petrobras revê política e reduz preço do diesel
Revisão foi anunciada nesta sexta (1º)
© Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Economia Combustíveis
A Petrobras anunciou nesta sexta (1º) uma revisão no cálculo do preço do diesel, alegando que precisa recuperar mercado perdido para importadores privados no combustível. O novo cálculo vai provocar uma queda no preço do diesel no país. Já nesta sexta, a estatal anunciou corte de 5,7% e a expectativa é que novas reduções sejam feitas.
Em nota, a Petrobras afirmou que a revisão tem o objetivo de adequar o preço do combustível "às mudanças de fluxo logístico e entrada de produtos importados no país", mas que continuará operando com margem de lucro na venda do produto.
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"A decisão mantém inalterada a política de preços em vigor, reafirmando o compromisso da companhia de operar sempre com margem positiva acima da paridade internacional", afirmou a companhia. Os preços dos combustíveis são calculados por fórmula que considera as cotações internacionais, a taxa de câmbio, o custo de importação e a margem de lucro da estatal.
A reportagem apurou que a direção da empresa avalia que pode reduzir a parcela do preço referente ao custo de importação, já que seus concorrentes têm ganhado maior competitividade neste segmento, com o uso do modal ferroviário, por exemplo.
O aumento das importações reduziu sua fatia no mercado de diesel de uma posição quase monopolista a 72% das vendas internas. A competição vem levando a companhia a operar suas refinarias com capacidade reduzida: ao fim do terceiro trimestre, estavam com 22% de ociosidade média.
"A expectativa é que a nova precificação do diesel não tenha impacto na receita da companhia em virtude da perspectiva de ganhos de mercado", afirmou a empresa. No mercado de gasolina, a estatal tem 88% das vendas. Nesta sexta, o preço do combustível foi reajustado em 1,9%.
Em julho, a Petrobras deu início a nova política de preços para os combustíveis, autorizando a área técnica a promover reajustes diários para conter as importações por terceiros. Com informações da Folhapress.