Aumento de medicamentos deve ser de 2,8%
Segundo levantamento da empresa IQVIA, de janeiro a outubro deste ano o faturamento das lojas das redes associadas a Febrafar cresceu 20,81% em comparação ao mesmo período de 2016
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Economia Reajuste
O mercado farmacêutico apresentou um expressivo crescimento nos dez primeiros meses de 2017 e as farmácias filiadas à Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácias (Febrafar) mostraram resultados ainda mais interessantes, já projetando a continuidade desses resultados em 2018.
Segundo levantamento da empresa IQVIA, de janeiro a outubro deste ano o faturamento das lojas das redes associadas a Febrafar cresceu 20,81% em comparação ao mesmo período de 2016. Já o mercado farmacêutico em geral cresceu 12,85% no mesmo corte de tempo.
“Com a proximidade do fim de ano, já podemos afirmar que o mercado farmacêutico terá resultados positivos e a Febrafar ainda mais, tendo um aumento maior que 50% em comparação ao mercado. Esse resultado se deve a uma preocupação cada vez maior das redes com a capacitação para gestão e a utilização das ferramentas fornecidas pela Febrafar”, explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Ele afirma que os números não terão maiores modificações até o fim de ano. Acreditando que o fechamento do mercado será com um aumento médio no faturamento de 13%, e em venda unitária de medicamentos será de 4%. Já no associativismo as projeções é para o fechamento do ano com um aumento no faturamento na faixa de 21%, em venda unitária o aumento será na faixa de 5%.
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Projeções para 2018
Um importante dado para o mercado em 2018 é que já estão sendo feitas as primeiras projeções do aumento de medicamentos para o próximo ano, que não deverá ser muito expressivo. Já foi publicado o Comunicado CMED nº 21, que fixa o valor do Fator de Produtividade (Fator X), para o ano de 2018 em 0,75%, esse é um dos fatores componentes do ajuste anual de preços de medicamentos.
Com base nele e em simulações do mercado, já se projeta que o aumento dos medicamentos para 2018 será de 2,8% em média, segundo a Sindusfarma. Outros pontos em relação ao próximo ano que deverão movimentar o mercado são questões políticas que podem impactar diretamente no mercado, como é o caso das negociações relacionadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular.
Entretanto, Tamascia explica que essa tendência de alta nas vendas deverá ser mantida em 2018. “Acredito que manteremos a faixa de crescimento obtida neste ano, esse fato se deve a diversos fatores, dentre os quais o de que não se projetar um aumento muito alto nos preços de medicamentos”.
Contudo, o presidente da Febrafar alerta que é preciso muito cuidado por parte dos administradores das farmácias, principalmente por parte das independentes, em função desse mercado ser cada vez mais desafiador. O que se observa é um intenso movimento das grandes redes, com a abertura de novas lojas.“Os proprietários de farmácias possuem um desafio enorme pela frente, precisando se adaptar para as novas características que o mercado impõe.
O que se observa é que o varejo independente está encolhendo e não reagindo à altura. O que é muito preocupante. Assim, reforço que o caminho para essas lojas está no associativismo, desde que essa adesão ocorra de forma a realmente utilizar os benefícios e qualificação para a gestão”, finaliza Tamascia.