Trabalho voluntário contribui para carreira profissional, aponta estudo
Pesquisa diz que funcionários que participam de programas de adesão voluntária organizados por empresas têm índice de engajamento 16% maior do que aqueles que não realizam essa atividade
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Economia Voluntariado
Caracterizado por ser uma via de mão dupla, cada vez mais o trabalho voluntário, celebrado mundialmente nesta terça-feira (5), avança no país. Se até pouco tempo atrás a maioria das ações sociais acontecia por meio de projetos pessoais e de grupos religiosos, hoje o cenário mudou: as empresas enxergam nessa prática uma oportunidade para contribuir com as comunidades das áreas onde estão instaladas e promover mudanças sustentáveis.
Além disso, o voluntariado permite que os profissionais desenvolvam diversas habilidades e competências, como liderança, trabalho em equipe e comprometimento. Um estudo do Programa de Voluntários das Nações Unidas no Brasil aponta que os funcionários que participam de programas de adesão voluntária organizados por empresas têm índice de engajamento 16% maior do que aqueles que não realizam essa atividade.
“Fazer o bem ao próximo beneficia não só quem é ajudado, mas também muito aquele que executa a ação. O voluntariado ajuda a desenvolver competências que são valiosas para a vida profissional, contribuindo para melhorar o relacionamento e a colaboração entre os funcionários”, afirma Jorge Santos Carneiro, presidente da Sage Brasil e América Latina.
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Por meio da Sage Foundation, instituição ligada à multinacional britânica de software de gestão, 91% dos colaborares da empresa praticam algum tipo de ação voluntária. Juntos, eles já acumularam quase 29 mil horas de trabalho dedicadas ao próximo, apoiando mais de 130 instituições no país. Alex Cervino, de 36 anos, analista editorial da Sage, faz parte desse universo. O funcionário encontrou no programa de voluntariado da empresa a chance de voltar à Associação Evangélica Lar Efrata, instalada na capital paulista, onde viveu por nove anos durante sua infância. Desta vez, porém, como voluntário.
“É uma honra poder retribuir um pouco da formação que recebi naquela instituição. Quando estou ali, procuro explicar aos jovens que o mundo real é cruel com quem vive em orfanatos. Que eles precisam estudar, insistir, perseverar. Essa é uma das ações que pratico como voluntário. Também desenvolvo outros trabalhos na instituição como ajudar no refeitório, na pintura dos alojamentos”, explica Cervino.Atualmente, cerca de 16 milhões de brasileiros praticam alguma atividade voluntária, segundo a última pesquisa realizada pelo Datafolha sobre voluntariado.