Governo acredita que 5 partidos devem fechar questão pró-reforma
Com isso, parlamentares do PP, PTB, PRB, PSDB e PMDB que decidirem contrariar a posição das legendas em relação à Previdência serão punidos
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Economia Estratégia
Depois de encontros com líderes partidários, nos últimos dias, tudo indica que o governo conseguiu o apoio de pelo menos cinco partidos no que se refere à reforma da Previdência, que precisa de pelo menos 308 votos, na Câmara, para ser aprovada.
PP, PTB, PRB, PSDB e PMDB sinalizam que devem mesmo fechar questão sobre o assunto e votar a favor das mudanças. Juntos, os partidos representam 206 votos.
Se isso, de fato, se confirmar, aqueles parlamentares que decidirem contrariar a posição das legendas serão punidos. De acordo com um interlocutor do governo, poderão ficar, inclusive, sem receber a verba do fundo partidário para fazer a campanha do próximo ano.
"Se for punido, o parlamentar ficará sem R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões para fazer a sua campanha eleitoral", explicou a fonte ouvida pelo O Globo.
+ No tudo ou nada por reforma, Planalto também promete apoio eleitoral
Restam apenas duas semanas para o encerramento das atividades do Legislativo e o governo usa todas as cartas para tentar aprovar o novo texto. Chegou a prometer, inclusive, apoio nas eleições do próximo ano, argumentando que quem votar pela aprovação poderá ser beneficiado em coligações e na distribuição de tempo de TV e de recursos para suas bases, além do fundo eleitoral.
O Planalto avalia que, obtendo o aval dos deputados, a aprovação no Senado estaria garantida e poderia ocorrer rapidamente.
Ontem, após fazer contas com os aliados, Maia se mostrou otimista quanto à aprovação da reforma ainda este ano. "Vai dar uns 330 (deputados a favor da reforma). Alguns foram excluídos da nossa conta, porque estão com posição contrária. Então, a gente tem, dentro dos partidos que apoiam a reforma, a princípio, 325 votos. E tem mais 45, 50 deputados, de outros partidos, que não estão na oposição, mas também não estão na base (do governo)".