Black Friday: o que acontece por trás da promoção
Levantamento realizado pela Linx revela que ações baseadas em big data foram fundamentais no sucesso das vendas durante a última sexta-feira de novembro
© REUTERS/Paulo Whitaker
Economia Varejo
A Black Friday e Cyber Monday deste ano, importantes datas do e-commerce nacional, mostraram que além de uma boa propaganda e ofertas atraentes, impactar os clientes com abordagens diferenciadas com relação ao seu comportamento de navegação, podem representar um grande impacto no resultado final para as empresas do varejo. Estas são as análises da empresa Linx, que hoje tem em seu portfólio três das principais empresas, Neemu, Chaordic e ShopBack, de fornecimento de soluções personalizadas para o e-commerce baseadas em personalização e tecnologia de big data.
Cerca de 806 lojas virtuais recuperaram R$ 163 milhões com ações no site, por e-mail retargeting ou notificações via push diretamente no navegador ou no aplicativo da loja. As informações são da ShopBack, empresa especializada na recuperação de clientes por meio de abordagens inteligentes baseadas em Big Data. Ao todo, este valor representa mais de 383 mil novos pedidos realizados após uma primeira desistência, com tíquete médio de R$ 577 – dados coletados entre 23 e 24 de novembro.
“Ferramentas inteligentes, capazes de abordar os consumidores de forma assertiva, se tornam ainda mais importantes durante a Black Friday e Cyber Monday, diante da enorme concorrência e da necessidade de um rápido tempo de resposta”, afirma Isaac Ezra, CEO da ShopBack. “O desafio é engajar o consumidor por meio de ofertas relevantes em tempo real, e isso só é possível com o uso da inteligência dos dados”, ressalta.
As ações que mais resultaram em recuperação de clientes foram as por e-mail, com 35%, seguidas por notificações push, representando 30%, e por overlays inteligentes (mensagens que aparecem na própria página antes do abandono), contabilizando 22% de recuperação. Os segmentos que mais resgataram vendas por esse modelo foram: eletrodomésticos, eletrônicos, moda e acessórios e viagens.Além disso, os dados da Neemu+Chaordic, que foca na apresentação dos produtos para os clientes na vitrine da loja ou no resultado de busca da forma mais assertiva possível, mostraram que, somente na Black Friday deste ano, foram 1,5 milhão de requisições por minuto somando todos produtos – o que representa 30% a mais que na Black Friday de 2016. As lojas conseguiram fazer com que mais de 10,3 milhões recomendações fossem vistas pelos seus consumidores por e-mail. E, cerca de 23% das compras realizadas, foram influenciadas pelas vitrines de recomendação.
“Apesar da Black Friday apresentar números melhores ano após ano, ainda há muito espaço para crescimento. Atingir públicos com interesses e necessidades diferentes, garantindo uma boa experiência de compra, é um desafio intrínseco do comércio que fica ainda mais evidente durante a Black Friday. É por isso que saem na frente os lojistas que fazem do omnichannel uma estratégia de negócio”, reforça Gustavo Avelar, diretor da Neemu+Chaordic.
A partir das soluções de recomendação da empresa, os usuários conseguiram descobrir mais produtos do seu interesse.