Secretário destaca urgência de novas regras para aposentadoria
Marcelo Caetano reforça que mudanças são urgentes para alcançar o equilíbrio das contas e permitir o desenvolvimento social do Brasil
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Economia Previdência
Como forma de preservar os direitos e evitar medidas mais duras, será necessário aprovar a reforma da Previdência Social com urgência. A avaliação do secretário de Previdência, Marcelo Caetano, foi feita durante debate promovido pelo Banco Mundial nesta segunda-feira (11).
Segundo ele, adiar a reforma poderá acarretar em medidas como corte de salários, aposentadorias e pensões, a exemplo do que aconteceu em países como Grécia e Portugal.
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“É bom que façamos [a reforma] enquanto temos tempo (...). A gente tem no mundo exemplos de países que se negaram a tratar a questão previdenciária e tiveram de rever direitos adquiridos”, pontuou.
Por meio da adoção de uma idade mínima e regras de transição, a reforma da Previdência é considerada essencial para salvar as contas públicas de um colapso nos próximos anos. Sem ela, economistas e especialistas apontam um cenário de queda no crescimento econômico e da manutenção de privilégios de parcela do funcionalismo público.
Com a proposta do Governo do Brasil, trabalhadores do setor privado, servidores públicos e políticos seguirão as mesmas regras, respeitando um teto de R$ 5,5 mil para se aposentar e sem a possibilidade de acumular benefícios. Para trabalhadores mais vulneráveis nada mudará.
Caetano disse ainda que sem o equilíbrio das contas públicas, que será alcançado por meio da alteração das regras previdenciárias, não será possível avançar e resolver as desigualdades sociais do País. “Ainda é possível fazer a reforma com respeito aos direitos adquiridos, mas é preciso fazer agora”, disse. “A gente nunca vai conseguir um quadro de responsabilidade social se não tiver responsabilidade fiscal”, completou.