Ministro cita perda de renda em caso de não aprovação da Previdência
Segundo Dyogo Oliveira, caso reforma não seja aprovada, há risco de aumento do desemprego, inflação e taxa de juros
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Sem a reforma da Previdência, a recuperação da economia pode retroceder e a população será afetada. O alerta foi feito pelo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, nesta terça-feira (12).
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"No cenário mais elevado [de Risco País], em três anos, cada cidadão brasileiro perderá R$ 4,5 mil de renda. Porque o PIB vai cair. Porque a inflação vai subir. Porque o câmbio vai subir. Porque o desemprego vai aumentar", disse o ministro, lembrando que a reforma será gradual e não irá retirar direitos dos aposentados.
Segundo Oliveira, o desemprego, a inflação e as taxas de juros vão aumentar, caso a Previdência não seja revista. Isso porque há uma crescente cada vez maior dos gastos com aposentadorias e pensões. As conquistas econômicas dos últimos meses, que geraram economia de R$ 87,8 bilhões/ano nos últimos 12 meses, poderão ser perdidas. O ministro alerta, ainda, que a recuperação do emprego, a melhoria das taxas de câmbio e a taxa de juros em 7% ao ano também ficam comprometidas.
"Isso pode mudar muito rapidamente, porque assim como construímos um processo de confiança, ele pode ser destruído. Em poucas decisões equivocadas isso pode mudar completamente. E quem vai pagar a conta? A população brasileira”, apontou o ministro.
Reflexos na economia
De acordo com estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 vai crescer 4% caso a reforma da Previdência seja aprovada, contra 2% no cenário oposto. “Aprovar a reforma ainda este ano, pelo menos na Câmara, é fundamental para o futuro de 2018. Porque se recomeça a ser discutida em fevereiro, com uma eleição no radar, é um primeiro trimestre que já começa bem diferente do que começaria caso a reforma fosse aprovada em dezembro na Câmara”, explicou o economista-chefe da Firjan, Guilherme Mercês.