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Após mudanças no cartão de crédito, BC estuda alterações no débito

Banco Central pode aumentar estímulo ao uso de cartão de débito no lugar do pagamento em espécie

Após mudanças no cartão de crédito, BC estuda alterações no débito
Notícias ao Minuto Brasil

14:47 - 13/12/17 por Folhapress

Economia Balanço

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira (13) que, após as medidas que reduziram as taxas de juros no cartão de crédito, tomadas neste ano, a autoridade monetária estuda mudanças no cartão de débito.

De acordo com o presidente do BC, foi criado um grupo de estudo para pesquisar o tema, com a possibilidade de estímulo ao uso do cartão de débito e a redução do custo para o lojista.

"Estamos formando um grupo de estudo para pensar em como incentivar esse instrumento, se o custo é adequado. Acreditamos que é um instrumento válido, que pode economizar meios de pagamento em espécie. Ainda está no início".

O BC, ainda segundo Goldfajn, está realizando estudos sobre o que classificou como "nível estrutural" do compulsório (depósitos que os bancos são obrigados a deixar recolhidos no BC, ou seja, que não podem emprestar livremente).

"O objetivo é a redução do custo estrutural do compulsório. Não pensar como medida de política monetária, mas pensar de forma estrutural. A ideia é ir para baixo, não ficar para cima nem ficar parado", disse.

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BOLHA E PIRÂMIDE

Goldfajn declarou ainda que o risco de bolha de moedas virtuais, como o bitcoin, é elevado e que essa ameaça é comparável às dos esquemas de pirâmides, em que o ganho inicial é muito alto com quedas no futuro.

"Hoje essas moedas têm duas funcionalidades. Primeiro, comprar e vender para frente, e aproveitar a subida se ocorrer. É a típica bolha, pirâmide, que em algum momento vai subir e depois voltar. Não é algo que devemos dar suporte", declarou.

O presidente do BC, que participou nesta manhã de café da manhã com jornalistas, declarou ainda que as moedas virtuais são usadas como "instrumentos de atividades ilícitas".

A autoridade monetária já havia alertado no mês passado para o risco de usar as moedas virtuais como forma de investimento.

O alerta foi para a possibilidade de perda de todo o capital investido, já que a variação de preços é alta e está sujeita "a riscos imponderáveis", afirmou a autarquia.

"[As criptomoedas] não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não têm garantia de conversão para moedas soberanas, e tampouco são lastreadas em ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores", disse a nota. Com informações da Folhapress.

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