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Meirelles reitera confiança na aprovação da reforma da Previdência

Meirelles fez uma apresentação dos dados da economia brasileira para plateia formada por investidores, durante evento realizado pelo banco Credit Suisse

Meirelles reitera confiança na aprovação da reforma da Previdência
Notícias ao Minuto Brasil

22:38 - 30/01/18 por Folhapress

Economia Reforma da Previdencia

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles confia que a reforma da previdência será votada no final de fevereiro e que o governo conseguirá os votos para a aprovação no Congresso.

"Já existe o conceito de inviabilidade de não se fazer a reforma", afirmou.

Meirelles fez uma apresentação dos dados da economia brasileira para plateia formada por investidores, durante evento realizado pelo banco Credit Suisse, nesta terça-feira (30), em São Paulo.

"Não é uma opção política, mas uma necessidade quase matemática. Temos que garantir que o brasileiro do futuro receberá a aposentadoria", afirmou o ministro, apontado como pré-candidato à presidência.

Questionado, Meirelles disse que decidirá se será candidato à presidência somente em abril, quando se encerra o prazo para descompatibilização do ministério.

Durante a palestra, Meirelles explicou que a "sensação de bem-estar" proporcionada pela melhora dos indicadores econômicos começará a ser sentida neste ano e que isso pode influenciar as eleições.

O discurso do ministro segue a estratégia adotada pelo presidente Michel Temer, que no último domingo foi ao programa do Sílvio Santos tentar sensibilizar a população para necessidade da reforma.

Meirelles explicou aos investidores que as pessoas que representam os 20% da população com o perfil mais baixo de renda não conseguem chegar aos 35 anos de contribuição, pois passam grandes períodos da vida sem emprego formal ou desempregados. Citou também o exemplo do México, onde a idade média para aposentadoria é de 72 anos. No Brasil é de 59 anos e seis meses.

Meirelles destacou que caso a Reforma da Previdência não seja aprovada os gastos com aposentadoria vão comprometer 80% do orçamento em 2026.

"Não vai ter para a educação, saúde, segurança e nem para as emendas parlamentares", afirmou o ministro.

PROJEÇÕES

Antes de Meirelles, quem fez previsões relacionando política e economia foi Luis Stuhlberg, da Verde Asset, um dos gurus do mercado financeiro. "Um cenário ruim seria a centro-direita ter três candidatos e nenhum deles passar para o segundo turno", afirmou.

Para Stuhlberg a condenação em segunda instância do ex-presidente Lula favorece a aprovação de reformas, como a da previdência. Porém, o economista vê que o crescimento do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nas pesquisas de intenção de voto ainda no primeiro semestre pode "gerar um constrangimento para o PIB crescer neste ano".

Sthulberg compara a situação, caso ela ocorra, com o cenário de 2002, quando Lula, que venceu as eleições, disparou ainda no primeiro semestre nas pesquisas. "A volatilidade do mercado começaria entre abril e maio em um cenário parecido com 2002", projeta o economista. Com informações da Folhapress.

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